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Falso padre de Barcelos de volta às igrejas para celebrar e roubar

delfimsilva

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Out 20, 2006
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O «falso padre» Agostinho Caridade, já com duas condenações pelos crimes de usurpação de funções e de burla, está de novo a «aparecer» nas igrejas do país, para celebrar e roubar, alertou este sábado a Arquidiocese de Braga.

Segundo o vigário geral da Arquidiocese de Braga, José Paulo Abreu, o falso padre apresentou-se com o nome de Vítor na igreja de Senhora-a-Branca, naquela cidade, «mas poderá apresentar outro nome qualquer».

«Está de novo a aparecer nas nossas igrejas, tendo, inclusive, roubado já alguns objetos valiosos», acrescentou, sublinhando a necessidade de padres, sacristães, zeladoras e povo em geral ficarem «de sobreaviso».

Natural de Aguiar, Barcelos, e atualmente com 39 anos, Agostinho Caridade já celebrou várias cerimónias religiosas um pouco por todo o país, tendo mesmo presidido a um casamento na Sé de Braga.

Em julho de 2010, o Tribunal de Felgueiras julgou-o à revelia e condenou-o a 350 dias de multa, à taxa diária de cinco euros, o que dá um total de 1750 euros, pelos crimes de usurpação de funções e de burla simples.

As vítimas foram um casal de idosos de Santão, Felgueiras, em cuja residência o ¿falso padre¿ realizou vários exorcismos e celebrou uma missa, em novembro de 2008.

O arguido não pagou a multa e andou fugido da justiça, até que em maio de 2012 foi «apanhado» pela GNR em Durrães, Barcelos, e conduzido ao Estabelecimento Prisional de Viana do Castelo.

No entanto, passaria poucos dias na cadeia, porque a família pagou o «remanescente» da multa e Agostinho Caridade foi libertado.

Em outubro de 2011, desta vez no Tribunal de Santo Tirso, Agostinho Caridade somou mais uma condenação, de dois anos e meio de prisão, com suspensão por igual período, igualmente pelos crimes de usurpação de funções e de burla qualificada.

Para a suspensão da pena, o arguido, que também neste caso foi julgado à revelia, ficou obrigado a indemnizar, no prazo de dois anos, em 4.727 euros três pessoas que burlou, bem como a pedir desculpa, no prazo de 15 dias, à Arquidiocese de Braga, às paróquias onde exerceu ilegalmente e aos respetivos paroquianos.

Agostinho Caridade foi ainda condenado, a título de danos não patrimoniais, a pagar 3.000 euros por ter «lesado a fé» dos queixosos.

O tribunal deu como provado que, em 2004, o arguido conseguiu «penetrar» na Igreja, quando contactou o pároco de Santiago de Bougado, na Trofa, então já num estado de saúde muito debilitado, e se ofereceu para o ajudar.

Apresentou-se como João Luís e como sendo um padre missionário, pertencente à Ordem dos Camilianos.

O pároco de Bougado foi passando a palavra a outros sacerdotes e a fama «de bom padre» do burlão foi-se espalhando, pelo que começou a ser contactado para vários serviços, sobretudo nas dioceses de Braga, Porto e Algarve.

Como ia «recomendado» por um colega de ofício, nunca ninguém se lembrou de lhe pedir a identificação.

Entretanto, o pároco de Alvarelhos começou a desconfiar, por causa de alguns comportamentos, palavras e contradições do arguido, e encetou uma investigação, tendo concluído que ele não era nem nunca foi padre.



tvi24
 
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