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História do Carro Funerário!

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GF Platina
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A origem do termo "carro funerário" deriva do inglês "herse", referindo a um tipo de candelabro colocado muitas vezes em cima de um caixão. Em meados do século XVII, as pessoas começaram a chamar carro funerário às carruagens puxadas por cavalos que transportavam os caixões com os corpos dos falecidos até ao local de seu sepultamento durante um cortejo fúnebre.
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Os carros funerários permaneceram puxados por cavalos até a primeira década do século XX, época em que surgiram os primeiros carros funerários motorizados, sendo que ninguém sabe ao certo a data exacta do início do seu uso, mas julga-se ter sido entre os anos de 1901 e 1907.

Os primeiros carros funerários que entraram ao serviço estavam equipados com motores eléctricos, sendo que o primeiro carro funerário movido com motor a combustão surgiu em 1909. O responsável por sua criação foi H. D. Ludlow, proprietário da agência funerária, o qual encomendou a construção de um veículo para transporte fúnebre usando um chassis de autocarro. Este novo tipo de carro funerário foi bastante popular entre os clientes mais ricos da época, sendo que a funerária Ludlow o utilizou para 13 funerais e em seguida o substituiu por um modelo maior.

Mas a maioria das agências funerárias acharam esse tipo de transporte muito caro, pois custava cerca de 6000 dólares em comparação aos carros funerários puxados por cavalos que custavam apenas 1500 dólares. Mas em pouco tempo, com a produção de maior quantidade de motores a combustão, e o seu preço reduzido, aliado ao aumento de potência, as agências funerárias aperceberam-se das vantagens destes veículos para os seus negócios. Desta forma os carros funerários movidos com motor à combustão tornam-se populares a partir da década de 1920.
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Carros funerários passando em frente aos armazéns do cais do porto do Rio de
Janeiro, na década de 1930.

No mesmo ano em que começaram à ser utilizados os primeiros carros funerários movidos com motor à combustão em 1909, a empresa "Crane and Breed Company" de Cincinnati, Ohio (E.U.A.), tornou-se o primeiro fabricante oficial de carros funerários. Os seus carros funerários atingiam uma velocidade máxima de 48 km/h, bastante rápido para os padrões da época. Os motores utilizados eram de quatro cilindros, e geravam apenas 30 cv de potência, possuindo caixa de três velocidades.
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Este carro funerário da marca Chevrolet Ramona, fabricado em 1929, foi o que transportou
o corpo de Alberto Santos Dumont (Pai da Aviação) em 1932. Está em exposição na cidade
do Guarujá, em São Paulo (Brasil).

Outras empresas logo começaram a oferecer carros funerários de fabricação própria.


Os primeiros carros funerários movidos à gasolina imitavam o desenho quadrado dos carros funerários antigos puxados por cavalos, mas em 1930 o mais longo carro funerário, um estilo Landau foi introduzido por Sayers e Scovill, e a sua forma elegante de limousine permanece popular até hoje.
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Carro funerário da marca Cadilac de 1955 atendendo com um toque de luxo os funerais
mais exigentes da época.

Não era incomum no início e em meados do século XX, os carros funerários, além de servirem para funerais, também funcionassem como ambulâncias, dependendo da necessidade imediata da comunidade, sendo que os regulamentos para as ambulâncias se tornaram mais rigorosa após a década de 1970, sendo divididas as finalidades de uso, com um tipo de veículo para serviços fúnebres e outro para servir como ambulância.

Curiosidade:

Na Ferrovia Paulista, existiu um Vagão Funerário que está exposto no Museu Ferroviário de Paranapiacaba.
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Vagão funerário exposto no Museu Ferroviário de Paranapiacaba. Foram transportados
neste vagão, os falecidos do litoral de São Paulo até ao planalto por volta da década de
1950/1960.

Este vagão era utilizado para transportar os corpos de falecidos do litoral de São Paulo para o planalto, permitindo que pudesse ser realizado em seu interior o Velório, pois o caixão ficava no meio do Carro Salão, com velas ao seu redor, e os familiares e amigos poderiam acompanhar seu translado fazendo orações ao seu redor, ou sentados em poltronas noutro vagão acoplado.

Outras curiosidades:
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O Chevrolet Caravan foi um dos carros funerários
mais utilizados no Brasil. Este modelo foi vendido
ao público, mas criou o preconceito entre os clientes
receosos em comprar tal modelo, por pensar ter sido
utilizado para transporte de falecidos.

O carro funerário mais luxuoso e caro do mundo:

A Rolls Royce divulgou seu mais novo carro de alto luxo. Trata-se do Rolls-Royce Phantom Hearse B12, o carro funerário mais luxuoso do mundo e destinado para aqueles que querem fazer de seu último passeio um momento de conforto, luxo e glamour.

O Rolls-Royce Phantom Hearse B12 teve seu tamanho aumentando para acomodar o caixão, contando agora com 7 metros de comprimento. De acordo com a companhia todas as modificações exigiram 600 novas peças, todas rigorosamente soldadas e incorporadas na sua carroçaria/chassis.
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O carro funerário vem equipado com o motor V12 de 6,75 Litros de 460 cv de potência, trabalhando em conjunto com uma caixa automática de seis velocidades, além de contar com uma suspensão regulável e um interior com acabamento de alto nível. De acordo com a companhia, o luxuoso carro funerário custa cerca de 600.000 dólares.
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O automóvel funerário foi apresentado no evento "TANEXPO 2012", em Bolonha (Itália).
 
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