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Autor dos disparos na A44 condenado a pena de prisão

kokas

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Set 27, 2006
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O Tribunal de Gaia condenou esta quinta-feira um homem de 28 anos a cinco anos e três meses de prisão pelos crimes de homicídio simples, na forma tentada, e de condução sem habilitação legal, num incidente de trânsito na A44.

«Prova-se que o senhor deu os quatro tiros, querendo atingir o condutor (...). Ficou provado um crime de homicídio simples na forma tentada, porque disparou quatro tiros, o que mostrou vontade de disparar», declarou o juiz, acrescentando que os tiros foram todos disparados na direção do condutor e por «motivo fútil».

Os factos remontam à tarde de 30 de dezembro de 2011, quando Rodrigo Oliveira disparou quatro tiros, em andamento e pela janela do lado direito do seu Renault Clio, acertando no retrovisor, para-brisas e para-lamas de uma viatura Audi, que transportava quatro pessoas, entre elas uma menina de nove anos de idade.

O Tribunal de Vila Nova de Gaia achou que houve um «desaguisado e perseguição de trânsito» e assumiu ter acreditado «um pouco» na versão do arguido, considerando que houve «provocação [no trânsito] da parte dos outros» envolvidos.

Para além dos quatro crimes de tentativa de homicídio, o arguido estava também acusado dos crimes de posse de arma proibida e de conduzir sem habilitação.

O arguido foi ilibado do crime de posse de arma proibida, porque a arma que efetuou os disparos nunca foi encontrada.

Em declarações à Lusa, a advogada de defesa, Fátima Ribeiro, afirmou «estar à espera» desta pena de cinco anos e três meses e acrescentou que Rodrigo Oliveira vai cumprir a pena no Estabelecimento Prisional de Custóias (Porto), local onde está em prisão preventiva desde setembro de 2012, altura em que foi detido.

A moldura penal para estes crimes variava entre um ano e sete meses e sete anos e oito meses, informou o juiz.

Rodrigo Oliveira ouviu de forma paciente a condenação, escutando os conselhos do juiz que lhe foi dizendo que «estava numa fase muito complicada da vida», mas que ainda ia a tempo de «seguir um caminho diferente» na vida.

Na primeira sessão do julgamento ¿ a 16 de abril deste ano -, Rodrigo Oliveira confessou o crime dos disparos, mostrou-se arrependido e chegou mesmo a pedir desculpa aos envolvidos em tribunal.

«Não queria matar ninguém. Não queria fazer mal nenhum, peço desculpa», «eu queria era atingir o carro, queria era que me deixassem em paz», disse.

Três das quatro vítimas que estavam no Audi, e que prestaram declarações no Tribunal de Gaia, negaram ter perseguido o Renault Clio ou sequer ter batido com um ferro na viatura onde seguia o arguido.

Segundo Manuel Fernandes, o condutor do Audi, que transportava a sua filha, o seu cunhado (no banco de trás), e o seu irmão à frente no carro, disse que arguido Rodrigo Oliveira entrou na A44 «à campeão», e que tentou ultrapassar várias vezes, acendendo mesmo as luzes, e fazendo um gesto.


tvi24
 
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