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Ouve bem?

Luz Divina

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Ouve bem?









Otorrinolaringologista ensina a identificar os sinais de alarme e aponta as soluções para a perda de audição




É muitas vezes ignorada ou desvalorizada, mas com o avanço da idade pode trazer repercussões irreversíveis.

A perda auditiva afecta 20 por cento da população mundial, com maior incidência em pessoas com mais de 60 anos e é considerada a doença sensorial mais frequente. Nos idosos, pode levar ao isolamento e à solidão. Saiba o que fazer, após o primeiro sinal de dificuldade auditiva.


O factor idade



É quase tão natural como as rugas que se desenham no rosto. A perda de audição que afecta os idosos é uma doença fisiológica: a presbiacúsia. Com o envelhecimento, «é natural algumas pessoas apresentarem dificuldades em ouvir, porque ao longo dos anos também o ouvido vai envelhecendo», refere Anselmo Pinto, otorrinolaringologista.


«Nós ouvimos através das células sensoriais, presentes no ouvido interno, o som é transformado em energia eléctrica que é “percebida” pelo cérebro. A falta de audição no idoso pode ser consequente da perda ou diminuição da vitalidade quer das células do ouvido interno quer cerebrais. Isto pode explicar porque o idoso diz, muitas vezes, que ouve mas não “percebe”. Com a idade, as artérias podem diminuir a capacidade de enviar oxigénio suficiente para as células e elas perderem vitalidade ou mesmo morrerem. Como estas células não se regeneram, o ouvido vai perdendo faculdades», explica o especialista.


Desconfiança, irritabilidade frequente, alterações de humor são, geralmente, resultado da perda de capacidade auditiva. «Muitas vezes, as pessoas que sofrem desta patologia isolam-se e recusam qualquer tipo de apoio», revela Anselmo Pinto, acrescentando que, dessa forma, «têm mais dificuldades em comunicar com os outros e em adaptar-se». É, por isso, essencial identificar os distúrbios auditivos atempadamente.


O diagnóstico e os sinais de alarme



Um diagnóstico precoce é fundamental. «O problema é que as pessoas chegam muito tarde quando já estão a sofrer por não ouvir», conta Anselmo Pinto. De acordo com o especialista, «raras são as pessoas que assumem que estão a ouvir mal. A maioria acha que os outros é que não ouvem bem ou que falam baixo e desvalorizam o problema», revela.


«A partir dos 45 anos as pessoas devem estar atentas aos sinais e perceber se há tendência para ouvir mal», recomenda Anselmo Pinto, referindo que, «em caso de dúvida, devem consultar um otorrinolaringologista para realizar um teste auditivo».


Falar num tom mais elevado do que o habitual, pedir para repetir o discurso, a presença de zumbidos, sensação de mau-estar ou vertigens são os sinais mais frequentes que denunciam a perda auditiva.


«A poluição sonora e ambiental são os principais factores de risco, mas doenças como a hipertensão ou a diabetes podem agravar o processo de perda auditiva», afirma Anselmo Pinto, lembrando, no entanto, que «as pessoas já têm uma tendência para perder a audição» e que «estes são apenas factores externos que podem agravar a situação».



Aparelhos auditivos e cirurgia



Actualmente, a surdez é um problema que pode ser resolvido com a aplicação de próteses auditivas que «melhoram significativamente a qualidade de vida das pessoas», assegura Anselmo Pinto. A aplicação de aparelhos auditivos deve ser sempre prescrita por um especialista.


«Comprar o aparelho directamente no estabelecimento comercial é um erro», alerta, explicando que «os aparelhos devem ser adaptados a cada caso». Por isso, segundo Anselmo Pinto, «é importante consultar um médico otorrinolaringologista para realizar testes específicos que vão indicar qual o melhor aparelho, de acordo com o nível de surdez e com o que revelam os exames auditivos. Além disso, um mau aparelho auditivo pode incomodar e levar o doente a deixar de usá-lo», acrescenta ainda.


Para os casos em que as próteses auditivas não são suficientes, os especialistas recomendam o implante coclear, aplicado através de cirurgia, que tem demonstrado uma eficácia de 80 por cento. «Se for uma surdez adquirida que não possa ser melhorada com as próteses, o doente pode ser ajudado com um implante coclear», refere o especialista, adiantando que, «num futuro próximo, podem ser desenvolvidas cirurgias mais sofisticadas que consigam substituir o ouvido».


Como prevenir a perda de audição



Embora a surdez possa surgir inevitavelmente, existem precauções que deve seguir e que podem fazer a diferença.

Anselmo Pinto revela que a exposição contínua a ruídos intensos, ao longo da vida, é uma das principais causas da perda auditiva.

Evitar esses ambientes sonoros é, então, uma das melhores formas de prevenção que «deve começar logo na infância», frisa o especialista.


Três cuidados fundamentais



1. Evite ruídos intensos, acima dos 80 decibéis
«Todos os sons acima dos 80 decibéis são prejudiciais e, geralmente, os ruídos presentes nas cidades e em determinados ambientes de trabalho ultrapassam esses limites», afirma Anselmo Pinto. Para que tenha uma ideia, o barulho do trânsito intenso ronda pelo menos os 80 decibéis.


2. Use protectores auriculares
«Devemos ter o cuidado de proteger o ouvido e evitar estes ambientes ou, caso não seja possível, usar protectores», recomenda o especialista.


3. Evite a limpeza excessiva dos ouvidos
«A limpeza excessiva com cotonetes pode provocar infecção ou ruptura timpânica», explica Anselmo Pinto, recordando que «basta limpar a parte do ouvido que é visível, porque interiormente o próprio ouvido faz a sua limpeza naturalmente».



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