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DIAP investiga 'burlão da ONU'
PGR abriu inquérito para averiguar contrafacção da tese que Baptista da Silva dizia ser sua, ao serviço das Nações Unidas.
O Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa está a investigar o caso de Artur Baptista da Silva, que se tornou famoso, em Dezembro do ano passado, como ‘burlão da ONU’, depois de se ter feito passar por consultor desta organização em várias instituições, na televisão e nos jornais. «Corre no DIAP de Lisboa um inquérito, encontrando-se o mesmo em investigação», avançou ao SOL fonte oficial da Procuradoria-geral da República.Em causa está a alegada falsificação da tese Growth, Inequality and Poverty Looking Beyond Averages, cuja autoria se descobriria mais tarde pertencer a um quadro do Banco Mundial, Martin Ravallion (disponível na internet), e que Baptista da Silva apresentou em vários contactos profissionais como sendo sua. Martin Ravallion considerou então o caso «inaceitável».
Durante meses, Baptista da Silva conseguiu enganar várias instituições culturais em Portugal, fazendo-se passar por consultor das Nações Unidas e dando diversas palestras. Isto apesar de compilar já uma longa lista de processos – pelo menos 18, segundo apurou então o SOL –, a maioria dos quais por burla e falsificação de documentos.
Em Dezembro, sucederam-se as entrevistas nos media. Manuel Ramalho, presidente do International Club, uma das instituições em que Baptista da Silva discursou, admitiu na altura a possibilidade de apresentar queixa, mas fonte daquela instituição explicou ao SOL que nunca chegou a fazê-lo, escusando-se a prestar mais esclarecimentos.
Fonte: SOL