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«Falsa inspetora» do Ambiente pediu dinheiro a oficina automóvel

kokas

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Set 27, 2006
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A Agência Portuguesa do Ambiente enviou ao Ministério Público uma queixa contra uma «falsa inspetora da APA», que se apresentou numa oficina, e vai realizar uma «averiguação interna» para esclarecer a utilização de informações confidenciais.

No seguimento da denúncia do proprietário da oficina, a quem a mulher se apresentou como inspetora da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), esta entidade «decidiu reencaminhar» o assunto «para o Ministério Público, para efeitos de abertura de procedimento criminal», conforme transmitiu esta sexta-feira à agência Lusa.

A APA acrescenta que vai «iniciar averiguação interna visando apurar os factos relativos à alegação relativa a informações confidenciais SIRAPA - Sistema Integrado de Registo da APA», no qual têm de estar registadas várias entidades, como aquelas que lidam com resíduos.

O proprietário da oficina em causa, Mário Baptista, relatou à Lusa a visita da mulher que disse ser «inspetora da APA» e que estava na posse de «dados confidenciais fornecidos ao SIRAPA», facto que não o fez duvidar da veracidade do seu cargo.

A «falsa inspetora» tinha conhecimento que Mário Baptista estava atrasado no preenchimento dos mapas anuais de entrega de resíduos de 2012, exigido pela APA, e propôs ajudá-lo a evitar uma multa de 2.500 euros, em troca do pagamento de 200 euros, valor necessário para se tornar membro da Associação Portuguesa de Inspecção do Comércio e Reparação Automóvel (APICRA), que iria tratar do assunto.

«Se se associar, nós podemos fazer a entrega dos mapas. Poderá não nos pagar a inspeção visto que está tudo bem, mas tem de se associar e fazer o pagamento de 200 euros hoje [30 de abril], caso contrário tenho de entregar o relatório da minha visita e será multado em, pelo menos, 2.500 euros, referentes ao ano passado», terá dito a mulher, segundo relata Mário Baptista.

«Tentei não pagar naquele dia e negociei, pelo que paguei metade (100 euros), para que o relatório que iria originar a coima não seguisse», explicou o responsável da oficina, localizada na Costa da Caparica.

Apesar de se apresentar como inspetora da APA, na despedida, a mulher terá entregue a Mário Baptista um cartão no qual está o seu nome e cargo: angariadora/comercial da APICRA.

Quando começou a ter dúvidas acerca desta história, Mário Baptista, contactou telefonicamente o SIRAPA, mas também a GNR (SEPNA - Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente) que «se disponibilizou de imediato para ajudar a clarificar a situação», e a APICRA, e a pessoa com quem falou «prontificou-se a fazer a devolução da quantia paga».

Elementos da GNR acabaram por se deslocar à oficina e identificar a mulher, numa das visitas.

Depois de alguns contactos com a APICRA, os telefonemas de Mário Baptista deixaram de ter resposta e o dinheiro não chegou a ser devolvido, segundo o proprietário da oficina que diz estar «muito revoltado» com esta situação e espera agora pelos desenvolvimentos «na Justiça».

A APA disse ainda que, «nesta altura, não existem denúncias análogas» nos seus serviços.



tvi24
 
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