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GF Ouro
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Caminhada p.ara o Santuário é feita em grupos, com refeições e dormidas improvisadas.
É com sacrifício que os peregrinos caminham a pé para Fátima. E ao sacrifício físico junta-se o de viver vários dias sem o conforto de uma cama e a tomar as refeições com o prato no colo. Para poupar dinheiro, juntam-se em grupos e dividem as despesas.
No grupo de Manuel Oliveira, de Febres, Cantanhede, "cada pessoa paga uma média de 150 a 170 euros". Já no de Bernardino Alves, de Paços de Ferreira, há três anos que os peregrinos pagam 170 euros. Serafim Cunha, de Penafiel, cobra um pouco menos: 120 euros, mais cinco que no ano passado.
A peregrinação é preparada com antecedência, por vezes de um ano para o outro. E uns dias antes "faz-se a ementa e compra-se o que é necessário, para se evitar perder tempo durante a caminhada", diz Natália Sousa, de Silgueiros, Viseu.
As refeições são fortes, para os peregrinos terem forças para caminhar. Conceição Zoa, ontem fez rojões para o almoço, com batatas fritas, arroz e salada, enquanto Natália Sousa preparou um tacho de arroz de feijão com carne de feijoada.
As dormidas são improvisadas em garagens, barracões, associações, pavilhões ou tendas. Mas o que os peregrinos guardam na memória é a experiência da caminhada: "Só quem vem a pé é que consegue compreender", diz Bárbara Babo.
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