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Campanha alerta para riscos de consumir produtos naturais com medicamentos

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Campanha alerta para riscos de consumir produtos naturais com medicamentos

O Observatório de Interações Planta-Medicamento (OIMP/FFUC) lança hoje uma campanha para sensibilizar a população dos riscos que corre ao consumir medicamentos com produtos naturais, como chás, suplementos ou até alimentos, combinações que nalguns casos podem conduzir à morte.
"É fundamental que o consumidor conheça os vários tipos de produtos disponíveis no mercado, o que contêm, para que servem, e o risco que pode correr quando os consome", disse à agência Lusa a coordenadora do Observatório, da Universidade de Coimbra, que estuda as interacções planta-medicamento "mais frequentes e preocupantes" que ocorrem em Portugal para ajudar a preveni-las.
A leitura dos rótulos é essencial: "Se o produto estiver dentro da lei" dispõe a informação necessária para ajudar o consumidor a não correr riscos, explicou Maria da Graça Campos.
O aumento do número de relatos de casos, incluindo mortes, em que surgiram estas interacções tem acompanhado o recente crescimento do consumo destes produtos.
"Muitos destes produtos são vendidos para uso terapêutico como se fossem suplementos alimentares, o que é absolutamente aberrante dado que não suplementam nada e ainda podem colocar em risco a vida dos doentes", alertou.
Nos últimos 15 anos, "a expansão no consumo" destes produtos sofreu "um enorme implemento", alegando-se os benefícios da medicina tradicional.
"A verdade é que se criou um negócio bilionário à volta desta ideia, que foge ao controlo rigoroso de eficácia e segurança", criticou a investigadora, afirmando que é preciso combater o mito de que "os produtos naturais não fazem mal".
Convencidas de que o que é "natural é bom", as pessoas "compram indiscriminadamente" tudo o que lhes propõem.
"Enquanto não houve internet, a ciência estava razoavelmente controlada e a investigação de plantas com elevado potencial terapêutico pertencia apenas a quem dominava esses conteúdos. Hoje, qualquer pessoa acede às bases de dados mundiais e encontra milhões de artigos a referirem esta ou aquela planta com potencial para poder vir a ser desenvolvido um novo medicamento", advertiu.
Contudo, não sabem que os constituintes activos da planta induzem mais efeitos indesejáveis do que possíveis benefícios.
"O que o público não sabe é que a eficácia [destes produtos], na maior parte das vezes, não foi provada, que o controlo de qualidade é nulo e que, por vezes, vêm adicionados de medicamentos contrafeitos, que podem ainda vir contaminados com substâncias altamente tóxicas", alertou Graça Campos.

Fonte: Lusa/SOL
 
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