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Revolta com imagens de rebelde sírio a 'morder' pulmão de soldado

florindo

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Revolta com imagens de rebelde sírio a 'morder' pulmão de soldado

Um vídeo onde um rebelde sírio aparece a dar uma dentada no pulmão de um soldado morto está a ser fortemente condenado pela comunidade internacional. O acto está a ser descrito como “um dos piores alguma vez vistos”, pela sua natureza "bárbara" e "sede de sangue gratuita".A revista Time já falou com o homem, Khalid al Hamad (também conhecido pelo nome de guerra Abu Sakkar), que confirmou o acto, explicando-o por ter encontrado no telemóvel do morto um vídeo onde este aparece a importunar uma mulher e as suas filhas: "Elas estavam nuas e ele estava a humilhá-las, atacando-as com um pau".
Alegou ainda que a brutalidade do regime o levou a este extremo. "Vocês não estão a viver o que eu vivo, nem a ver o que eu vejo. Onde estão os meus irmãos, os meus amigos, as minhas vizinhas que foram violadas? Que Deus os abençoe a todos", disse à Time.
"Eles" disse, referindo-se ao regime de Bashar al-Assad, "começaram, massacrando mulheres e crianças".
O rebelde diz que tem outro vídeo ainda mais violento, ameançando divulgá-lo e referindo-se à 'guerra de vídeos' que está em curso em ambas as partes do conflito. "Eles também fazem filmes, mas depois do que fiz espero que nunca mais ponham os pés nesta zona".
“Já vi muitas coisas más mas isto é basicamente um homem que, diante do cadáver de um soldado, lhe arranca o coração [inicialmente pensava-se que era um coração], segura-o nas mãos e aparentemente dá-lhe uma dentada”, descreve Jim Muir, correspondente da BBC. O vídeo termina nesta parte, pelo que, diz Muir, não se sabe até que ponto se estende aquela acção “macabra”.
Antes, quando se ergue diante do cadáver, o rebelde é ouvido a dizer “juro por Deus que vamos comer os vossos corações e fígados, seus soldados do cão Bashar”, referindo-se ao presidente sírio al-Assad. Por diversas vezes, o insurgente direcciona a sua fúria aos alauítas - minoria étnica à qual pertence o presidente sírio.
O Observatório dos Direitos Humanos (Human Rights Watch) já tinha identificado o protagonista do vídeo como Abu Sakkar, um conhecido rebelde da cidade de Homs, líder de um grupo local chamado Brigada Independente Omar al-Farouq. De acordo com o Observatório sediado nos EUA, as suas acções são consideradas crime de guerra e têm de ser punidas.
“A mutilação dos corpos dos inimigos é, só por si, um crime de guerra. Mas a questão mais grave ainda é a rápida passagem para uma retórica de sectarismo e violência”, afirmou à Reuters Peter Bouckaert, do Observatório dos Direitos Humanos.
Acto isolado ou espelho dos rebeldes?
O vídeo foi publicado online por um grupo leal ao Exército sírio, que descreveu a mutilação como "um crime que ultrapassa todas as linhas". Um sentimento de "desumanidade" que é também partilhado pela maior parte da oposição síria.
"A Coligação Nacional Síria condena fortemente este acto, se se provar verdadeiro", disse, em comunicado citado pela CNN, o grupo que agrupa as forças rebeldes reconhecidas pelo ocidente . "Tal gesto contraria totalmente os princípios morais do povo sírio, assim como os valores do Exército Livre da Síria [dos rebeldes]", continua.
O Conselho Militar da Coligação já pediu a captura de Sakkar, "morto ou vivo".
Além de macabro, o gesto está a contribuir para manchar a imagem dos rebeldes junto da comunidade internacional, podendo vir assim a enfraquecer o argumentário das nações que estão a ajudar militarmente a oposição síria, e dando voz à tese sempre defendida pelo Governo de que as forças sírias não estão a atacar civis, mas sim gangues armados e terroristas internacionais mandatados para derrubar o Governo.
Segundo a BBC, esta não é a primeira vez que Abu Sakkar aparece em imagens polémicas. Num outro, foi visto a posar diante dos cadáveres de libaneses, membros do Hezbollah, mortos pelas forças do governo sírio.
Desde o início da revolta contra o presidente Bashar al-Assad, em Março de 2011, a ONU e o Observatório dos Direitos Humanos estimam que já morreram mais de 70 a 80 mil pessoas, entre membros do exército, rebeldes e civis.

Fonte: SOL
 
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