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UGT desiludida com o CDS-PP sobre as pensões

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UGT desiludida com o CDS-PP sobre as pensões

O líder da UGT, Carlos Silva, transmitiu hoje ao CDS-PP "desilusão" pelo que considera ter sido a "inversão" da sua posição na taxa sobre as pensões, argumentando que não o tranquiliza que seja aplicada só em "último recurso".
"Transmitimos que foi com desilusão e um certo sentimento de desencanto que verificamos a inversão da parte do CDS-PP neste fim-de-semana em conselho de ministros", afirmou Carlos Silva aos jornalistas à saída de um encontro com o líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães.
Para o líder da UGT, "aquilo que pode ser um último recurso pode também ser um primeiro", dizendo não estar tranquilo com a o facto de a medida ser apresentada "como um último recurso para ser movimentada só quando for necessário e se for necessário para dar cumprimento ao défice".
"O CDS devia ter mantido a palavra do senhor presidente do partido e ministro de Estado e ter feito finca-pé", afirmou.
Na reunião, em que a nova direcção da UGT apresentou cumprimentos ao grupo parlamentar do CDS, Carlos Silva transmitiu que "o Governo devia ser mais dinâmico, mais musculado, mais reivindicativo nas exigências com a 'troika'".
"Não devemos ser tão submissos quando está em causa a sobrevivência de milhares de famílias que passam fome, que têm imensas dificuldades, já para não falar nas medidas gravosas que vão penalizar de uma forma geral reformados e pensionistas, estão a penalizar de uma forma geral os portugueses e acima de tudo neste momento o bode expiatório que é a administração pública", disse.
Relativamente ao diálogo social, no qual, disse, Nuno Magalhães colocou "alguma ênfase", reiterou que está "na génese da UGT", mas que a central sindical não aceita abdicar das suas convicções e do seu mandato de "defender os trabalhadores e trabalhadoras".
"Se não houver acordo em nenhuma matéria, a decisão é do Governo. A vida do diálogo não se impõe, constrói-se. É nessa construção que deve ser o Governo a decidir o caminho", sustentou.
O líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, quis "sublinhar, com agrado, a disponibilidade da UGT, como tem sido hábito, poder, construtivamente, na convergência e na divergência, manter um clima de diálogo e concertação social".
Relativamente à taxa sobre as pensões, Nuno Magalhães reiterou a Carlos Silva a posição do CDS-PP.
"Aquilo que era obrigatório deixou de o ser e isso deve-se, não só mas também e sobretudo, à intervenção do CDS-PP, e aquilo que era imediato também deixou de o ser", afirmou.
"Eu acredito nas resoluções do Conselho de Ministros, esta é uma resolução do Conselho de Ministros, acontecer ou não acontecer depende não de uma imposição externa, como estava, mas da vontade interna do Conselho de Ministros. Aquilo que eu disse ao secretário-geral da UGT, que registou, é que estou plenamente convencido que essa medida não será tomada", declarou.
O líder da bancada democrata-cristã recusou antecipar a posição do CDS-PP no Governo caso a medida seja aplicada e não quis igualmente comentar o artigo de hoje do antigo Presidente da República, Mário Soares, no Diário de Notícias em que afirma que "Paulo Portas, líder do segundo partido da coligação, tem sido humilhado de várias formas".
"A democracia portuguesa deve muito ao doutor Mário Soares, acho que essa dívida deve levar-nos a ter alguma contenção sobre algumas declarações do doutor Mário Soares", respondeu Magalhães.

Fonte: Lusa/SOL
 
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