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GF Ouro
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Cientistas norte-americanos conseguiram clonar, pela primeira vez, células estaminais embrionárias humanas a partir de células adultas. O mundo aguardava a descoberta, importante para o tratamento de doenças como Parkinson ou a Esclerose Múltipla, há 15 anos, desde a clonagem da ovelha Dolly. Os investigadores norte-americanas conseguiram transferir o núcleo de uma célula da pele, contendo o ADN de uma pessoa, para a célula de um óvulo, de onde foi retirado o material genético, com o mesmo ADN. O núcleo da célula adulta uniu-se com um óvulo, que produz as células-mãe.
Teoricamente, estas células-mãe podem diferenciar-se em vários tipos de células, em diferentes tecidos, que um paciente poderá necessitar para um autotransplante, que poderiam ser usadas sem risco de rejeição, dado que têm o mesmo material genético.
"As células-mãe obtidas por esta técnica demonstraram a sua capacidade para se diferenciarem, como as células-mãe normais, em diferentes tipos de células - nervosas, hepáticas e cardíacas", explicou Shoukhrat Mitalipov, cientista que coordenou a investigação na Universidade de Saúde do Oregon, nos EUA.
À revista científica norte-americana Cell, que publicou os resultados da investigação, Shoukhrat Mitalipov explicou que "o avanço" científico "representa um passo importante na produção de células-mãe que podem ser usadas em medicina regenerativa", embora tivesse ressalvado que "há ainda muito a fazer, antes de se desenvolverem tratamentos eficazes à base de células-mãe".
Nenhuma das técnicas utilizadas é nova e os cientistas de Oregon testaram-nas em varias combinações em mais de mil óvulos de macacos antes de o tentarem fazer em células humanas. "Eles fizeram os desenvolvimentos correctos ao protocolo", disse Dieter Egli, especialista em medicina regenerativa na Fundação de Célula Estaminal de Nova Iorque. "São grandes notícias. É convincente. Eu acredito", acrescentou, citada pela revista "Nature".
jn