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BBC revela «provas» do uso de armas químicas na Síria

kokas

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Set 27, 2006
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Um jornalista da BBC visitou a cidade síria de Saraqeb, mais a norte, e ouviu a população falar de «engenhos», largados por helicópteros governamentais, que espalharam «gás venenoso» nas ruas. O referido ataque, que terá acontecido no mês passado, vem corroborar outros relatos que referem a possibilidade do uso de «armas químicas» neste conflito.

O regime de Assad nega o uso deste tipo de armas, mas os Estados Unidos avisaram que a revelarem-se como verdadeiros os «indícios», essa poderá ser a razão que levará a uma intervenção externa. Por enquanto, Barack Obama considera que não há «provas suficientes e inequívocas».

Cheiro sufocante

No passado dia 29 de abril, a cidade de Saraqeb, foi alvo de um forte ataque por parte das forças leais ao regime sírio. Ian Pannell, repórter da BBC, esteve na cidade há pouco tempo e ouviu relatos impressionantes.

Médicos de um hospital local, garantiram-lhe que receberam oito pessoas com problemas respiratórios após os bombardeamentos. As vítimas vomitavam e tinham as pupilas contraídas. Uma mulher, Maryam Khatib, acabou mesmo por morrer.

O repórter também recebeu da população inúmeros vídeos que parecem confirmar os relatos, mas é impossível confirmar a total veracidade e origem das imagens.

O filho de Maryam Khatib, que também ficou ferido no ataque, falou à BBC e contou: «Foi horrível, era um cheiro sufocante. Não conseguia respirar. Parecia que estava a morrer e não consegui ver nada durante três ou quatro dias».

Um dos médicos que atendeu Maryam Khatib, disse ao repórter que ela tinha sintomas de envenenamento e que tinham sido recolhidas e enviadas amostras para análise. E não foi a única. Foi garantido ao jornalista que mais amostras, dos locais dos ataques e de outras vítimas, foram recolhidas e enviadas para análise. Para onde? «Reino Unido, França, Turquia e Estados Unidos», responderam.

As suspeitas>

Bretton-Gordon, antigo comandante do regimento britânico especializado em armas químicas, biológicas e nucleares, afirmou que «os testemunhos são fortes e consistentes» mas ainda «incompletos».

Além da cidade de Saraqeb, há mais três casos de ataques, com descrições muito semelhantes nas últimas semanas. Aconteceram em Al-Otaybeh, Adra e Sheikh Maqsoud.

«Muitas pessoas ficaram doentes e morreram com sintomas iguais aos provocados por "agentes de nervos", seja do género gás sarin ou do tipo organofosforados (organophosphate)», explicou o especialista à BBC.

Além do atual regime, também os rebeldes já foram acusados de utilizar armas químicas. Mas tal como o Governo, também negaram o recurso a estas armas.

Desde o início do conflito, há cerca de dois anos, as Nações Unidas estimam que já morreram mais de 80 mil pessoas. Muitos países exigem uma investigação oficial por parte da ONU, mas a organização quer garantias de acesso ilimitado no terreno e à informação necessária. Algo que o regime de Assad não garante.



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