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GF Ouro
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Era o nome mais falado e consensual para suceder a D. José Policarpo. O Vaticano anunciará, este sábado, D. Manuel Clemente como futuro patriarca de Lisboa. Católicos aplaudem a escolha e falam já em renovação.
A proximidade com as pessoas e a sua "constante preocupação" com questões sociais fazem do bispo do Porto "uma pessoa que representa a mudança na Igreja". Esta é a opinião de Moisés Espírito Santo que admite que a escolha de D. Manuel Clemente, de 64 anos, para patriarca de Lisboa "é uma boa opção".
"Como é um homem da cultura, muito ligado ao social, poderá contribuir melhor para uma mudança de atitudes e de pensamentos", frisa o sociólogo, adiantando que "dará um impulso diferente à Igreja". Segundo Moisés Espírito Santo, o bispo do Porto "pode dar um bom contributo para uma certa mudança já encetada dentro da Igreja pelo Papa Francisco".
O sociólogo das religiões lembra que o facto de ser patriarca e poder vir a ser elevado cardeal "significa que terá uma posição importante dentro da Igreja em Portugal e até em Roma", já que "os cardeais influenciam as decisões do Vaticano".
Com expectativas elevadas está também a responsável pelo movimento "Nós somos Igreja". "D. Manuel Clemente é um homem inteligente, culto e um bom pastor, que pode ajudar a refrescar a Igreja", diz Maria João Sande Lemos, admitindo que "irá ter muita influência na Igreja em Portugal".
A responsável lembra, contudo, que as conferências episcopais "não têm autonomia", que o futuro patriarca de Lisboa "tem de cumprir as ordens do Vaticano". Contudo, a renovação "encetada pelo Papa Francisco poderá significar a desvaticanização da Igreja em Portugal" e "contribuir para a sua renovação", admite.
jn