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GF Ouro
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O líder da oposição venezuelana, Henrique Capriles, voltou na sexta-feira a questionar os resultados das presidenciais e exortou os venezuelanos a juntarem-se à luta pela democracia, sublinhando que não permitirá a instauração de uma ditadura na Venezuela.
"Como vemos que estão a dilatar o processo, convoco todos os venezuelanos a aderirem ao recurso [interposto no Supremo Tribunal de Justiça] e a continuarem a participar nesta luta", disse perante milhares de pessoas em Barcelona, a 320 quilómetros a oeste de Caracas.
O apelo de Capriles tem lugar um dia depois de o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela anunciar que os resultados de uma auditoria realizada confirmavam "a robustez do sistema eleitoral venezuelano que resulta em zero erros", um anúncio que disse ser uma "farsa".
"Os magistrados estão aí para fazer justiça e não para meter os casos no frigorífico, é por isso que a nossa luta continua intacta. No dia em que renunciarmos à luta pelos nossos direitos acaba-se a democracia", disse, recordando que a oposição pediu uma verificação dos resultados eleitorais porque "as eleições não ficaram claras para o povo nem mesmo para o governo".
"Se nos querem calar terão que habilitar os estádios para meter-nos todos presos, porque aqui não permitiremos uma ditadura. Que ninguém caia em provocações, somos milhões a abraçar a verdade", disse.
Capriles questionou ainda o anúncio do Presidente, Nicolás Maduro, de que identificou 900.000 venezuelanos, "com bilhetes de identidade e tudo", que, sendo simpatizantes do falecido Hugo Chávez, não votaram em si nas últimas eleições.
dn