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Portugal pode começar a exportar cereja para o Japão
A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, anunciou no sábado que o Governo iniciou um processo negocial com o Japão para exportar cereja portuguesa para aquele país do oriente.
O processo foi desencadeado recentemente durante uma visita do secretário de Estado da Alimentação ao estrangeiro, a pedido dos produtores do Fundão, a região de Portugal onde se concentra a maior produção nacional de cereja.
O Governo ainda não sabe dentro de quanto tempo é que a cereja portuguesa poderá ser consumida no Japão, mas Assunção Cristas prometeu “dar a melhor atenção” para que o processo “seja rápido”, à margem de uma sessão partidária em que participou, em Macedo de Cavaleiros, no distrito de Bragança.
Assunção Cristas esteve presente na qualidade de vice-presidente do CDS-PP par dar apoio ao candidato do partido, Rui Costa, à Câmara local nas eleições autárquicas do final do ano.
A sessão tinha como tema a agricultura e a ministra da tutela apontou como exemplo da dinâmica do setor em Portugal o caso dos produtores de cereja do Fundão e o trabalho do Governo para ajudar a abrir o mercado do Japão a este produto.
Assunção Cristas avisou que estes processos são, contudo, “complexos” e “têm regras específicas”. “Isto pressupõe um trabalho técnico relevante e também um trabalho político, porque muitas vezes as coisas andam mais rápido e desbloqueiam-se quando é possível ir ao local, falar com os dirigentes políticos, sinalizar as questões, entender exatamente onde é que estão as dificuldades, e é isso que temos feito em relação a muitos produtos e estamos a fazer, neste momento, em relação ao Japão, porque houve essa sinalização”, declarou.
Este trabalho para exportação da cereja portuguesa será feito com os produtores e envolverá visitas ao local dos potenciais compradores.
Assunção Cristas lembrou que ela própria esteve há pouco tempo no Brasil a tratar de outras frutas nacionais que poderão ser exportadas para aquele país e oficializou um protocolo com o homólogo brasileiro, a que se seguirá a deslocação de uma missão técnica brasileira a Portugal.
Segundo disse, o Ministério da Agricultura tem em curso outros processos idênticos com outros países como a China ou Marrocos. Estes acordos poderão contribuir para reduzir o défice agroalimentar de Portugal que, em 2012, teve uma quebra de 15 %, segundo apontou, mas que continua a registar uma diferença negativa de 30 % entre o que país importa e exporta.
A ministra realçou ainda que a ”agricultura é o setor que, neste momento mais cresce em Portugal”, indicando que, em 2012, “a recessão (da economia portuguesa) foi de 3 % e o setor agroalimentar cresceu 2,8 %”.
Fonte: Lusa / SOL