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O Vaticano pediu ao Governo brasileiro que um avião fosse à Itália buscar dois papamóveis e que disponibilizasse quatro helicópteros para uso da comitiva do papa Francisco, durante a sua visita ao Brasil, divulgou esta segunda-feira a imprensa brasileira.
O papa Francisco visita o Brasil entre 22 e 29 de julho, no âmbito da XXVIII Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que decorrerá no Rio de Janeiro.
Em entrevista ao sítio eletrónico de notícias G1, o chefe do Estado-Maior da Defesa do Brasil, general José Carlos De Nardi, disse que os helicópteros pedidos pelo Vaticano voarão sempre juntos, para que não seja possível saber em qual aeronave está o papa. «Vão sempre os quatro juntos, sempre em esquadrilha», afirmou o general brasileiro.
No helicóptero, o papa Francisco será sempre acompanhado por um médico, alguns ajudantes e agentes da Polícia Federal brasileira. Um dos outros helicópteros terá finalidade de transporte e socorro médico e os demais servirão como escolta e transporte da comitiva papal.
Na avaliação no chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, o maior risco para o pontífice seria a ação de um «lobo solitário», como classificou uma pessoa capaz de atentar contra o líder religioso de maneira isolada.
Para evitar qualquer risco durante a visita do papa Francisco e durante a Copa das Confederações de futebol, que será realizada em junho em seis cidades brasileiras, o general De Nardi disse que os cuidados com terrorismo «foram redobrados», principalmente após os atentados na Maratona de Boston, que ocorreu a 15 de abril, causando três mortos e mais de 170 feridos.
O Governo brasileiro criou um Centro Integrado de Prevenção e Combate ao Terrorismo em que serão compartilhadas informações obtidas pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e divididas ações de prevenção de ataques, que está a cargo da Polícia Federal. A unidade vai funcionar durante os dois eventos.
Durante a visita do papa Francisco, a responsabilidade da segurança na cidade do Rio de Janeiro será da Secretaria Extraordinária de Segurança de Grandes Eventos (Sesge), do Ministério da Justiça, que coordena a ação das polícias estaduais e federais.
A exceção será em Guaratiba, onde cerca de 2 milhões de pessoas são esperadas. Numa área de 12 quilómetros quadrados será decretado, pela Presidente Dilma Rousseff, a situação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), passando o controlo da área para o exército por tempo determinado. Mais de 8.500 militares farão a segurança nesta área, além de 1.200 homens da Força Nacional e outros dois batalhões de polícias militares. A força aérea irá fechar e controlar o espaço aéreo durante esta cerimónia.
Esta será a primeira viagem ao estrangeiro do papa argentino. Durante sua viagem ao Brasil, Francisco vai rezar uma missa na praia de Copacabana, irá visitar o complexo de favelas de Manguinhos e terá um encontro com jovens reclusos. O Papa tem prevista ainda uma deslocação ao santuário de Aparecida, no Estado de São Paulo, vai reunir-se com líderes políticos e religiosos, mantendo ainda outros compromissos no Brasil.
tvi24