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Um tribunal federal de recurso decidiu, esta terça-feira, que a Administração norte-americana tem o direito de classificar como «top secret» as mais de 50 fotografias tiradas ao corpo do líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, depois de ter sido morto no Paquistão, em maio de 2011, sublinhando que o governo não tem qualquer obrigação de as divulgar.
De acordo com a AP, três juízes do Tribunal Federal de Apelo de Columbia rejeitaram, por unanimidade um, pedido feito por um grupo conservador de vigilância judicial, para que as imagens fossem divulgadas.
O Judicial Watch requisitou em tribunal o acesso às fotografias e ao vídeo do ataque das forças especiais norte-americanas ao complexo de Abbottabad, no Paquistão, onde Bin Laden estava escondido, baseando-se na Freedom of Information Act (lei da liberdade de informação), uma lei de 1966 que consagra o acesso público a alguns documentos governamentais.
A agência de serviços secretos externos norte-americana CIA recusou-se a mostrar as fotos, argumentando que se tratava de imagens «classificadas como secretas» - pois a sua divulgação representava um risco para a segurança nacional - tendo agora os juízes confirmado a decisão do tribunal de primeira instância.
«É indiscutível que o governo está a reter as imagens não para encobrir um delito ou evitar um constrangimento, mas sim para prevenir o assassinato de americanos ou ataques contra interesses americanos», refere o acórdão do tribunal.
«Afirmamos que as imagens foram corretamente classificadas e que deverão, por isso, manter-se secretas», apesar da lei da liberdade de informação, acrescenta o tribunal, considerando que algumas das imagens são chocantes e «se forem divulgadas, poderão conduzir a represálias contra norte-americanos».
JN