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GF Ouro
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O primeiro-ministro britânico, David Cameron, vai pedir esta quarta-feira aos líderes da União Europeia (UE), durante a reunião do Conselho Europeu, que apoiem a troca de informação entre países em matéria fiscal para combater a fuga ao fisco.
A propósito da reunião sobre evasão fiscal e fraude, Cameron escreveu aos líderes europeus para lhes pedir que apoiem uma troca transfronteiriça de informação fiscal a fim de lutar contra um problema que provoca perdas «assombrosas» para os países.
O Reino Unido, a Alemanha, França e Espanha estão atualmente a testar um sistema de intercâmbio de informação.
A evasão fiscal será também um dos principais assuntos da reunião dos países do Grupo dos Oito (G8, países ricos e emergentes) a 17 e 18 de junho na Irlanda do Norte, integrada na presidência britânica do G8.
Há alguns dias, Cameron pediu a dez territórios britânicos ultramarinos que assinem acordos destinados a combater a evasão fiscal, já que têm regimes fiscais pouco rigorosos e os especialistas acreditam que são usados por algumas empresas para fugir ao fisco.
O chefe do Governo escreveu aos territórios de Bermuda, das ilhas Virgens, de Caimão, Gibraltar, Anguila, Montserrat, Turcos e Caicos, Jersey, Guernsey e ilha de Man, revela hoje a BBC.
Na sua carta, Cameron pede aos territórios britânicos no ultramar que assinem protocolos internacionais que permitam aos países partilhar informação fiscal mais facilmente.
Várias multinacionais, como a Amazon, a Google ou a Starbucks, foram criticadas há alguns meses pela comissão de Contas Públicas do Parlamento Britânico por minimizar o pagamento de impostos no Reino Unido desviando os seus ganhos através de escritórios em outros países onde gozam de melhores condições fiscais.
Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia discutem hoje, em Bruxelas, questões sobre energia e fiscalidade, numa cimeira invulgarmente curta, com uma duração estimada de quatro horas, e da qual não deverão sair decisões de vulto.
Relativamente à fiscalidade, sobretudo na ótica da luta contra a fraude e evasão fiscal, Bruxelas deseja que, num momento de contenções orçamentais e de cortes nas despesas, os 27 aumentem a cooperação entre si, para obter melhores resultados na cobrança de impostos e, desse modo, justificarem também uma maior aceitação política e social da consolidação orçamental.
O presidente da Comissão Europeia disse ontem que a evasão fiscal por ano na UE vale um bilião de euros, o suficiente para pagar duas vezes os défices orçamentais de todos os Estados membros. E um relatório da Oxfam concluiu que existem 14 biliões de euros escondidos em paraísos fiscais, grande parte deles relacionados com a UE.
tvi24