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Plano B para a saída de Gaspar do Governo

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Plano B para a saída de Gaspar do Governo

Marques Mendes lançou Vítor Gaspar como próximo Comissário Europeu, no final do próximo ano, fixando o fim do memorando como a data da sua saída.
No Governo, apontam-se já dois cenários para a substituição_O primeiro é Carlos Moedas. Ao secretário de Estado-adjunto do primeiro-ministro cabe fazer a ligação entre o Governo português e a troika. Quando o memorando terminar, termina essa função.
Em São Bento há quem o veja como estando «em estágio» para o Terreiro do Paço. É fiel a Passos, tem boa relação com o CDS (trabalhou com Portas as alternativas à taxa, em reuniões madrugada fora). E tem construído boas relações com a Comissão Europeia, o BCE e o FMI, que continuarão a ser fundamentais após o memorando.
Outro ‘plano’ B comentado no Governo é a actual braço-direito de Gaspar nas Finanças. Maria Luís Albuquerque, secretária de Estado do Tesouro, viu a sua posição ser reforçada no Ministério, com a entrada de um novo secretário de Estado, Manuel Rodrigues, que a libertou de funções mais técnicas. Desde então, nota um ‘passista’, «tem acompanhado o ministro das Finanças em todas as reuniões na UE». Tem sido a responsável pelo regresso aos mercados – fazendo apresentações a investidores mundo fora. E, claro, é também amiga de Passos. «Quando Gaspar sair, ela entra», garante a mesma fonte.
Sozinho na sala
Na semana passada, Gaspar teve o seu ‘momento Relvas’ – com um grupo de manifestantes anti-troika a interromperem a sua apresentação de um livro, no El Corte Inglés. O ministro reagiu serenamente, mas não deixou de contestar na sua intervenção a «vozearia e gritaria» dos que protestam sem ouvir os outros.
No essencial, manteve o seu discurso, com muitas leituras até para dentro do Governo. Falou contra as «recusas em enfrentar a realidade», criticou os que cedem «à tentação dos caminhos escapistas» e concluiu que «é crucial uma resposta clara e decidida para responder» à crise – resposta que «tem que ser credível e robusta». «No final», disse, «será necessário assumir responsabilidades pelas decisões e seus efeitos».
Na sala onde o livro foi apresentado, Gaspar apresentou-se quase sozinho. Do Governo, estava só Miguel Morgado, adjunto de Passos. Das bancadas da maioria, ninguém. Na plateia notava-se apenas Faria de Oliveira, actual chairman da CGD.
Nesta fase, Gaspar parece mais só dentro do Governo. Mas não é tanto. Passos continua ao seu lado. Vários ministros têm confidenciado discordâncias quanto a algumas decisões, mas só no CDS a contestação a Gaspar é aberta. E irreversível.

Fonte: SOL
 
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