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GF Ouro
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Uma mãe e os dois filhos, de sete e nove anos, fazem seis quilómetros para ir almoçar. Este é o retrato de uma mãe desempregada de Valencia, em Espanha, num país com cerca de seis milhões de pessoas sem emprego.
O «El País» conta a história de Petra, desempregada, 37 anos, mãe de dois menores e com um marido doente, operado à cervical, que não pode trabalhar.
Petra fugiu do desemprego na República Checa, quando o negócio de têxteis que explorava não resistiu à crise, mas não teve melhor sorte em Espanha. Ainda trabalhou algum tempo num armazém de hortaliças, mas também esse fechou.
Não esconde alguma «vergonha» pelo recurso a uma cantina social, mas os filhos estão em primeiro lugar. Pega as crianças na escola por volta do meio-dia e seguem os três até ao centro de Valência. Três quilómetros a pé, que o dinheiro do autocarro é preciso. Depois do almoço, têm pela frente outros três, de regresso.
Uma história de resiliência, demonstrada nas palavras do filho mais velho, que, com orgulho, revela ter tido um «excelente».
A cantina social de Valência prestou, em 2012, apoio ao dobro das crianças do ano anterior, o que perfaz 11600 crianças, na maioria, entre os quatro e os 11 anos.
Em 2013, o número de famílias inteiras que recorrem às cantinas sociais cresceu 64 por cento e este serviço social já teve que abrir uma nova sala para albergar todos os beneficiários.
Petra e os filhos têm que se despachar. Os meninos ainda têm aulas à tarde. A diretora de um colégio, ouvida pelo «El País», defende que a comida nas escolas públicas devia ser apoiada a 100 por cento porque «sem comida não se pode estudar nem se pode aprender».
tvi24