kokas
GF Ouro
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Antigo líder parlamentar dos sociais-democratas quis ilibar o filho e acabou por ver tornado público um negócio com o ex-autarca de Oeiras Domingos Duarte Lima, o ex-líder parlamentar do PSD acusado de burla qualificada, branqueamento de capitais e abuso de confiança agravado no caso da compra de terrenos em Oeiras com financiamento do BPN, viu ontem o Ministério Público revelar um negócio imobiliário com Isaltino Morais, o antigo presidente daquela autarquia.
Na primeira sessão de julgamento do caso ‘BPN/Homeland', o antigo deputado fez uma declaração ao coletivo de juízes numa tentativa de ilibar o filho, Pedro Lima, de quaisquer responsabilidades nos negócios imobiliários realizados em parceria com Vítor Raposo, também arguido. E atirou para a fase final do julgamento explicações mais alargadas sobre o processo.
O também advogado acabou por ser ‘apanhado na curva' pela insistência do procurador José Nisa, que pediu esclarecimentos a Duarte Lima sobre o papel do filho enquanto sócio-gerente de várias empresas. Apesar de o ex-deputado ter insistido que deu ao filho "uma visão parcelar, genérica e fragmentada" dos seus negócios, ainda que este fosse o rosto de várias participações financeiras em diversas sociedades, o procurador acabou por confrontar Duarte Lima com dados relativos à Ediandar, onde Pedro Lima é um dos sócios-gerentes. E perguntou ao ex-líder parlamentar do PSD se tinha conhecimento de que as construções realizadas na zona de Caxias por esta empresa estão localizadas em terrenos comprados a Isaltino Morais e ao filho. "Não tenho conhecimento de quem era o detentor inicial", garantiu Duarte Lima.
Perante a insistência do magistrado, que tentou confrontar também o ex-deputado com um conjunto de escutas recolhidas no processo, Duarte Lima acabou por se recusar a responder a mais questões.
cm