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Turquia: turista em estado crítico após carga policial

kokas

GF Ouro
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Set 27, 2006
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Uma turista egípcia está internada em estado crítico num hospital de Istambul, na sequência dos confrontos entre manifestantes contra o governo e as forças policiais numa das praças principais da capital turca. É este o caso mais grave de entre várias dezenas de feridos registados nos incidentes desta sexta-feira. Citando uma fonte hospitalar, a Reuters avança que a turista, de 34 anos, teve de ser operada a uma hemorragia cerebral, depois de ter sido atingida por uma lata de gás arremessada pela polícia. Doze outros manifestantes estão internados para tratamento a traumatismos diretos, e várias centenas tiveram de receber assistência a dificuldades respiratórias provocadas pelo gás lacrimogéneo.

Os incidentes ocorreram nas imediações do parque da praça Taksim, onde desde as primeiras horas da manhã a polícia de choque tenta afastar vários milhares de manifestantes. Um projeto de urbanização que vai transformar o parque municipal e a zona histórica envolvente num centro comercial é pretexto para uma «ocupação» que durante quatro dias serviu também para contestar o governo de Recep Tayyip Erdogan. A política turca relativa ao conflito na Síria e uma nova lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas entre as 10 da noite e as 6 da manhã foram alguns dos pontos fortes da contestação, que se fez ao som de cânticos que anunciavam novas ações de protesto: «Isto é só o começo, a luta continua», prometiam.

Durante a madrugada e manhã, os manifestantes, acampados no parque, tentaram impedir a entrada de máquinas e buldozers no parque, antes de a polícia tentar dispersá-los com disparos de gás lacrimogéneo e canhões de água. Alguns setores dos contestatários formaram então barricadas nas ruas adjacentes, arremessando garrafas e outros objetos e queimando pneus na rua.

Tal como aconteceu na «Primavera Árabe», que há um ano agitou Egito, Tunísia e outros países do norte de África, os movimentos contestatários usaram as redes sociais como principal forma de mobilização e protesto. As primeiras concentrações aconteceram no início da semana, e o protesto foi ganhando dimensão: na noite de quinta-feira havia já vários milhares de manifestantes acampados, com a contestação política a subir de tom e a ir muito para lá da destruição do parque Taksim.

«Isto é uma revolta popular, e um protesto político. Talvez seja o princípio de uma Primavera Turca» afirmou Michelle Demishevich, uma ativista membro do Partido Ecologista, citada pela CNN O primeiro-ministro já garantiu, durante a semana, que os protestos em nada vão modificar a posição do seu governo relativamente ao polémico projeto de urbanização.



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