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Erros no resgate à Grécia: Bruxelas discorda do FMI

kokas

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Set 27, 2006
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A Comissão Europeia «discorda formalmente» das conclusões do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre o resgate à Grécia, onde o Fundo admite terem sido cometidos erros graves e que o país não reunia as condições para receber ajuda externa sem antes reestruturar a sua dívida, devendo ter permitido que o mesmo entrasse em incumprimento.

O porta-voz do comissário europeu para os Assuntos Económicos e Monetários considera que o relatório foi elaborado «por alguns técnicos do FMI», não refletindo por isso uma «posição oficial» da instituição.

No relatório, o FMI apontava também o dedo a Bruxelas, acusando-a de estar mais preocupada com o cumprimento das regras europeias do que com a economia dos países. Simon O'Connor, porta-voz de Olli Rehn, assegurou ainda que a Comissão Europeia mantém uma «relação de trabalho construtiva» com o FMI, incluindo nos casos dos outros países sob programa de assistência financeira, designadamente Portugal e Irlanda.

O'Connor justificou as diferenças entre os dois organismos com o facto de a troika, que «não existia há três anos», ter sido criada de um momento para o outro para responder a uma situação de emergência, «sem precedentes». E avançou que a Comissão Europeia também vai divulgar um relatório sobre o trabalho com o FMI e o Banco Central Europeu (BCE), os seus parceiros na troika.

Um dos pontos em que Bruxelas discorda abertamente do FMI é a reestruturação da dívida grega, que o Fundo diz que deveria ter acontecido logo em 2010, aquando do pedido de ajuda, e não apenas no passado. Para Bruxelas, pelo contrário, «o relatório ignora neste ponto a interconexão entre os Estados-membros da zona euro» e «o risco de contágio» que esse movimento teria implicado.

A Comissão considera ainda «totalmente errado e infundado» o argumento do FMI de que não foi feito o suficiente para dentificar reformas estruturais que promovessem o crescimento.

O Fundo reconheceu no seu relatório que, para poder ajudar a Grécia teve de «contornar» as suas próprias regras, já que, pelos seus padrões, o país não poderia ter recebido qualquer ajuda. Na resposta, e apesar das «boas relações» mantidas com o FMI, o porta-voz da Comissão não só responde às críticas como lança farpas ao Fundo. O'Connor diz que, apesar de estar preocupada com o cumprimento das regras europeias, Bruxelas nunca as «contornou», como outros «sugerem» ter feito.


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