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Guimarães: «Quando se ganha dá vontade de ganhar ainda mais títulos» - Flávio Meireles

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«Quando se ganha dá vontade de ganhar ainda mais títulos» - Flávio Meireles

Nasceu em Ribeira de Pena há 36 anos, mas foi para Guimarães muito pequeno para jogar no Vitória e assim se transformou num vimaranense. Foi capitão da equipa minhota e quando acabou a carreira de futebolista teve uma curta experiência como treinador adjunto, mas agora assumiu o cargo de diretor desportivo e com sucesso.

Sonhava conquistar a Taça de Portugal como jogador e ela acabou por chegar como dirigente. Qual a sensação?

-Não tive oportunidade de vencer como jogador e levantar a taça enquanto capitão, mas como diretor foi o dia mais feliz da minha vida desportiva. É uma sensação que não consigo caracterizar por palavras - foi marcante. Um dia que já me deixa saudades porque as coisas boas passam rápido, apetece parar o tempo e fazer com que o dia nunca mais termine.

- Há dois anos, quando o Vitória perdeu a final da Taça de Portugal para o FC Porto, prometeu que a equipa voltaria em breve e para ganhar. Foi premonição?

- Foi engraçado: no final do jogo senti isso. Algo me dizia que o Vitória estaria próximo de voltar ao Jamor e isso confirmou-se, mas desta vez com um final diferente.

- Também fez algum prognóstico depois da final deste ano?

- (risos) Não, desta vez não sucedeu. Desfrutei o momento e a felicidade que me deu ter conquistado o troféu, ver o grupo de trabalho recompensado pelo ano difícil que teve e a alegria daquela massa associativa, sem igual em Portugal, que há muito procurava isto.

- Esteve sempre com a equipa nas últimas horas antes da final com o Benfica. Como é que a sentiu?

- Entrámos em estágio três dias antes e foi tudo normal, com a equipa liberta de pressões. Com o aproximar da hora do jogo, e porque é uma equipa jovem, que nunca tinha estado presente numa final tão importante para a história do Vitória, foi natural a ansiedade, mas que nunca atrofiou os jogadores, direi que foi uma ansiedade positiva e senti que quereriam fazer história.

- Perante grupo tão jovem e aproveitando a sua experiência pode revelar alguns dos conselhos que passou instantes antes de a equipa pisar o relvado do Jamor?

- Fui falando individualmente com alguns jogadores e passei-lhes a ideia de que este tinha de ser o dia deles. Que desfrutassem, mas de uma vez por todas que colocassem o nome deles na história do Vitória, porque era garantia de um lugar na eternidade. Vivi enquanto jogador a frustração de estar ali e perder e transmiti-lhes que seria muito melhor saírem com o troféu nas mãos.

- Depois de um ano tão difícil considera que o sucesso na Taça de Portugal foi o prémio justo para este grupo de trabalho?

- Mais do que justo. A Direção tem feito um trabalho louvável, inexcedível nos serviços prestados ao clube, o presidente tem sido incansável e mais do que nunca o Vitória está no bom caminho. Lembro-me de uma palestra do presidente às equipas A e B, de que este seria um ano de muita dificuldade, que teríamos de estar unidos e só assim seria possível conquistar coisas boas. O grupo absorveu a ideia e assumiu o compromisso com a Direção, o presidente sempre foi aberto com eles. Apesar de todo o respeito que os meus antigos companheiros merecem, enquanto jogador nunca tinha visto um grupo tão profissional como este, naquele que é o pior momento da história do clube. Não é fácil, mas estes jovens jogadores souberem lidar diariamente com problemas.

- Mas nem nos seus melhores sonhos pensou que no final da temporada estaria a desfrutar o sucesso pela conquista de um troféu tão importante?

- O sonho existia e é isso que me faz vir todos os dias para o Vitória. Agora que ganhei um troféu percebo que quando se ganha só dá vontade de ganhar ainda mais títulos. É uma satisfação enorme, uma alegria tremenda e quando acaba no outro dia queremos voltar a ganhar.

- O Vitória estava a perder terreno para o rival SC Braga, sente que, com este triunfo no Jamor, o clube vai recuperar a sua posição no futebol minhoto?

- Foi importante porque o Vitória deu um exemplo não só ao futebol nacional, mas também ao País. Ambos atravessam as crises que sabemos e no meio de adversidades e muitos obstáculos o Vitória conseguiu dar a volta e faz ver as pessoas que, com trabalho e profissionalismo, é possível retirar coisas positivas. Agora, o Vitória voltou a ser falado e provou-se que está vivo, mas há muito caminho para percorrer e as dificuldades vão continuar.

Fonte: A Bola
 
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