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Os alertas, apelos e diagnósticos de Cavaco em sete anos de 10 de Junho

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Os alertas, apelos e diagnósticos de Cavaco em sete anos de 10 de Junho

A situação do país tem sido tema transversal nos discursos do Presidente da República no 10 de Junho, data que assinala o Dia de Portugal e que Cavaco Silva tem aproveitado para lançar alertas, desafios e fazer diagnósticos.
Há um ano, com o país a viver sob ajuda externa e com os indicadores económicos e de desemprego a agravarem-se, a mensagem deixada por Cavaco Silva foi também de esperança, apesar de cautelosa.
"Existem sinais que nos permitem ter confiança no futuro. Nada está garantido, até porque é grande a nossa dependência do exterior, mas alguns indicadores permitem-nos ter esperança de que a recuperação económica pode ser uma realidade não muito distante", disse o Presidente da República.
Na sessão solene do 10 de Junho de 2012, que decorreu em Lisboa, Cavaco Silva deu ainda destaque ao desemprego, instando as autoridades portuguesas e europeias a colocarem o problema no "topo das prioridades" e a sublinhar a urgência de "passar das palavras aos actos e adoptar novas políticas de emprego, quer à escala europeia, quer à escala nacional".
No ano passado, houve, contudo, outro discurso que 'saltou' para as primeiras páginas dos jornais, o do então presidente da comissão organizadora do 10 de Junho, Sampaio da Nóvoa, que falou no aumento das desigualdades sociais, no regresso da pobreza e pediu a procura de alternativas porque "a arrogância do pensamento inevitável é o contrário da liberdade".
Em 2011, numa cerimónia em Castelo Branco cinco dias depois das eleições legislativas antecipadas que deram a vitória ao PSD e ditaram o fim do Governo socialista de José Sócrates, o chefe de Estado optou por fazer um discurso muito mais 'contido', deixando apenas uma nota sobre a situação do país no final da intervenção, frisando que não se pode "falhar".
"Não podemos falhar. Os custos seriam incalculáveis. Assumimos compromissos perante o exterior e honramo-nos de não faltar à palavra dada", sublinhou, notando que "é Portugal inteiro que tem de se erguer nesta hora decisiva", um tempo de sacrifícios, de grandes responsabilidades".
Um ano antes, o Presidente da República tinha sido bastante mais acutilante, classificando a situação do país como "insustentável" e apelando ao estabelecimento de um "contrato de coesão nacional".
"Como avisei na altura devida, chegámos a uma situação insustentável. Pela frente, temos grandes trabalhos, enormes tarefas, inevitáveis sacrifícios", afirmou.
A justiça nos sacrifícios e o rumo da acção política estiveram também no centro do discurso do 10 de Junho do Presidente da República em 2010, em Faro, com Cavaco Silva a pedir justiça nos sacrifícios e a dizer que a sociedade precisa de se rever no rumo da acção política.
Em 2009, em Santarém, a poucos meses de eleições autárquicas e legislativas, o chefe de Estado reflectiu sobre a crise financeira, considerando que o país poderia fazer do "tempo de provação um tempo de esperança".
"É necessário ver mais além; antecipar, desde já, a situação em que queremos estar quando for finalmente ultrapassada a conjuntura actual, e criar as condições para tirarmos partido da fase de recuperação", disse, defendendo também "uma visão estratégica de médio e longo prazo, uma visão alheia a calendários imediatos, que poderiam comprometer o futuro e tornar inúteis os sacrifícios que a hora exige".
Há cinco anos, em 2008, Cavaco Silva falou em Viana do Castelo do "universalismo português", alertando para que "um país onde as instituições não sejam fiáveis, que não cresça e não inove e sem uma escola de onde saiam elites" dificilmente pode aspirar a uma intervenção relevante no plano externo.
Em 2006 e 2007, nos seu dois primeiros discursos do 10 de Junho enquanto Presidente da República, Cavaco Silva recuperou uma mensagem muito utilizada por si durante a campanha para as presidenciais, insistindo no apelo ao inconformismo.
"Não me resigno aos fracos níveis de crescimento económico, ao abandono escolar preocupante, à pobreza e exclusão social de tantas famílias, à escassa dimensão das componentes científica e tecnológica do aparelho produtivo", referiu em 2007, em Setúbal.
Um ano antes, no Porto, o chefe de Estado tinha exortado também os portugueses a não se resignarem face às dificuldades do país, porque "isso seria indigno do nosso passado, um desperdício do nosso presente e o adiar do nosso futuro".

Fonte: Lusa/SOL
 
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