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O porquê da greve e da indignação dos Professores

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GF Bronze
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Jun 15, 2013
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As ações do governo sobre a classe docente nos últimos 2 anos:
Este governo em 1 de Janeiro de 2013 obrigou todos os professores a assinarem um documento em que deixavam de ter vínculo com o estado para passarem a contrato por tempo indeterminado.
Os professores são formados, mas obrigaram-nos a ter aulas assistidas para poderem progredir; mas não há progressões faz vários anos.
O governo exige aos professores que façam e paguem a sua formação, mesmo que seja para servir o estado. Outros funcionários ao serviço do estado têm formação paga, têm todo o material e equipamento pago pelo estado para desempenhar a profissão. Por exemplo fardas; veículos, etc.
Este governo cortou os subsídios de férias e de Natal, com o argumento que se assim não o fizessem tinham que despedir, mas mesmo assim despediram milhares e querem despedir mais 30 mil.
Este governo aumentou a idade da reforma aos professores.
Este governo alterou os escalões do IRS aos professores para desta forma conseguir roubar o subsídio de natal que agora paga em duodécimos, mas que na verdade já o roubou, pois ao reduzir os escalões e ao aumentar a taxa de IRS sobre o trabalho limpou esses falso subsídio.
Este governo, ainda antes de ter feito os cortes dos subsídios de férias e de natal, já tinha feito um corte direto de 10% nos salários dos professores.
Este governo reduziu o orçamento das escolas, obrigando muitos professores a ter que comprar e trazer material de casa para poder desempenhar a sua função, de forma a prejudicar o menos possível os alunos.
Este governo cortou nos passes escolares dos alunos e na ação social escolar dos mesmos.
Cortou o papel às escolas públicas.
Este governo sabe que um professor trabalha mais de 40 horas semanais. Pois é sabido de toda a gente que um professor cumpre 35 horas na escola e que há trabalho que o professor tem de fazer fora dessas 35 horas; o professor tem de preparar as aulas para leccionar; o professor tem de elaborar os testes e outras fichas de avaliação; o professor tem de corrigir os testes: o professor tem trabalho burocrático com a direção de turma; esse trabalho não está nas 35 horas semanais. Se o governo tiver vontade de ser justo e realista assume que um professor já trabalha muito mais de 40 horas.
Muitos dos deputados que estão na assembleia da república e que não são residentes em Lisboa, têm direito a uma residência na capital, paga pelos contribuintes. O governo e os deputados têm tudo do melhor que há. Aqui não há mobilidade especial.
Este governo quer também requalificar os professores, o que é absurdo, o professor formou-se, fez a sua licenciatura, fez a sua formação e já está mais que qualificado para exercer as suas funções; Não são os senhores que vão impor a atividade que o professor deve fazer. Nem foram eleitos para o fazer.
Este governo tem já 2 anos de governação; Os cidadãos deste País ainda não viram este governo e o seu batalhão de nomeados (pelo menos 1454 nomeados incluindo secretários e assessores) fazerem um pequeno gesto para a tão aclamada reforma do estado, querem fazer a reforma do estado á custa do despedimento de professores e/ou funcionários públicos.
Estes nomeados têm recebido os dois subsídios de férias e de Natal por inteiro nas alturas tradicionais. Todos com bons salários e cito como exemplo o salário mais alto de um chefe de gabinete do ministro das Finanças que é de 4791 euros brutos por mês, fora as ajudas de custos e outras regalias.
O montante gasto pelo estado só com os subsídios de férias destes 1454 nomeados em 2012 foi de 765 mil euros; enquanto os restantes funcionários não tiverem esse direito.
Fonte: jornal de notícias digital.
O orçamento da assembleia da república para 2013, ano de austeridade, foi farto e superou os 140 milhões de euros.
A presidência da república em 2013 ano de austeridade, custa aos contribuintes portugueses 45 mil euros por dia ou seja tem um orçamento anual de 16 milhões de euros.

Da parte do governo e dos órgãos de soberania, o cidadão Português não se viu uma atitude para cortar um cêntimo, para ajudar a conter as despesas do estado. É sempre à farta.
Portugal pediu assistência financeira internacional (FMI, BCE, troika) a maior fatia desse dinheiro foi para os Bancos e para os Banqueiros. Mas quem ficou com essa dívida foram os Portugueses ou seja os que trabalham. Estes que trabalham incluindo pequenos empresários, se precisarem de dinheiro têm agora de pedir dinheiro aos Bancos, e pagar juros, alimentando estes banqueiros. Os que trabalham são duplamente penalizados ou tributados.

Onde é que a reforma do estado tem de ser feita e que este governo não teve coragem de a fazer:
-Redução dos consumos intermédios do estado
-Gastos correntes do estado
-Gastos com as câmaras municipais.
-Cortes nos encargos com parcerias público-privadas.
-Redução de custos na assembleia da República.
-Redução de custos na Presidência da República.
-Redução dos luxos e mordomias dos nomeados pelo governo.
1454 nomeados é um número extremamente alto para um país com a nossa dimensão populacional. É um exagero e os cidadãos não entendem.
Mas qual foi o caminho seguido pelo governo na reforma do estado:
-Aumentar impostos
-Cortar vencimentos
-Cortar pensões
Em Espanha o Governo espanhol tomou a decisão de as pensões serem a última coisa a cortar, porque os pensionistas trabalharam 40 e 50 anos para terem a reforma.
Finalmente é lamentável que um chefe de governo diga publicamente e no parlamento que vai alterar a lei, simplesmente porque uma decisão do tribunal administrativo não lhe foi favorável.
Muito mais havia para dizer
Obrigado.
 
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