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Mais de 500 detidos antes da greve de hoje

kokas

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Set 27, 2006
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Os confrontos entre manifestantes e a polícia em várias cidades da Turquia já resultaram em mais de 500 detidos, quando para hoje está marcada nova greve contra o governo.

Em Istambul, Ancara e várias outras cidades do país os manifestantes enfrentaram as forças de ordem até altas horas da madrugada, informa a imprensa local. Segundo a Ordem de Advogados de Istambul, só na metrópole do Bósforo, cerca de 390 pessoas foram detidas, enquanto na capital turca a polícia deteve 150 indivíduos, assegura a versão eletrónica do diário Hürriyet. O portal de notícias Sendika escreveu que polícias à paisana participaram em Ankara na carga policial com gases lacrimogéneos e canhões de água, deixando pelo menos oito pessoas feridas.

Os manifestantes no centro da capital turca gritaram lemas como "Revolta, Revolução, Liberdade o "Ditador demite-te já". Em Istambul, os detidos, incluindo um cidadão britânico e vários jornalistas turcos, foram levados para a praça Taksim e trancados em autocarros da polícia, indicou o Hürriyet.

A organização de direitos humanos Amnistia Internacional apelou, no domingo, ao Governo turco para que ponha fim ao isolamento dos detidos e lhes permita contactar os seus advogados. Os principais sindicatos do país marcaram uma greve para hoje com o objetivo de paralisar parte da vida pública do país. Um líder do KESK (sindicato da função pública), citado pelo Hürriyet, disse que o objetivo é que "centenas de milhares de pessoas" participem na greve, em protesto contra a repressão da polícia turca. Médicos, engenheiros, arquitetos e dentistas aderiram já ao apelo à greve que visa o fim "imediato" da violência policial. Estes sindicatos já tinham cumprido uma greve na quarta-feira, na véspera de uma opçeração policial para evacuar as dezenas de milhares de manifestantes da Praça Taksim, em Istambul.

O primeiro-ministro, Erdogan, declarou, no domingo, ser seu dever "limpar" a Praça Taksim em Istambul, depois da intervenção da polícia, no sábado, contra o último bastião de manifestantes que reclama a demissão do governante. "Já disse que chegámos ao fim. A situação tornou-se insuportável. Ontem (sábado), a operação realizou-se e a Praça Taksim e o parque Gezi foram limpos, é o meu dever enquanto primeiro-ministro", disse Erdogan durante uma reunião pública do seu partido, realizada em Istambul.

A Turquia é palco há quase três semanas de uma série de protestos contra o Governo islâmico conservador, liderado por Erdogan, que começaram em finais de maio, depois de a polícia ter dispersado com gás lacrimogéneo e canhões de água uma manifestação pacífica contra um plano de construção de um centro comercial num parque de Istambul. Desde o início dos protestos, morreram já quatro pessoas, uma delas polícia, havendo registo de mais de 5.000 feridos, de acordo com fontes médicas citadas pela EFE.



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