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GF Ouro
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Mães das menores abusadas choraram na sentença. Arguido tem de indemnizar vítimas
Graças a Deus", desabafaram, entre lágrimas, as mães das duas primas de 13 anos, abusadas por um reformado de 69 anos, após o Tribunal S. João Novo, Porto, condenar o pedófilo a seis anos e meio de prisão efetiva, na tarde de ontem.
O homem fica ainda obrigado a pagar 20 mil euros à família de uma das adolescentes e 27 500 euros à família da outra menina abusada. O advogado de defesa confirmou ao CM que vai recorrer da sentença.
O arguido (que vai ficar para já em prisão domiciliária com pulseira eletrónica) pediu uma avaliação psiquiátrica e psicológica, "a fim de apurar se a sua personalidade se enquadra no perfil de abusador sexual de menores", mas o tribunal entendeu que o requerimento "não se demonstra necessário ou imprescindível para a descoberta da verdade".
O juiz reconheceu os "instintos libidinosos" do abusador, que "aterrorizava" as duas jovens, "prejudicando o desenvolvimento sexual das crianças". Foram dados como provados os crimes de abuso continuado, já que acariciava as menores nos órgãos genitais e chegou mesmo a consumar uma violação, o que agravou a pena aplicada. "Dizia-lhes para não dizerem nada a ninguém e que era o segredo só deles", lê-se na sentença.
O coletivo de juízes entendeu como fatores abonatórios o facto de o reformado não ter antecedentes criminais e atuar "só" com as duas menores, mas sublinhou a "persistência criminosa" e a falta de arrependimento.
cm