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GF Ouro
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Teixeira dos Santos quebrou o silêncio dois anos depois de ter deixado de ser ministro das Finanças. O economista reconhece que se o PEC4 tivesse sido aprovado pediria para sair do Governo de José Sócrates.
«Aguentei até ao fim porque o mais fácil era ter saído», disse quando questionado sobre o tempo que aguentou no Governo. «Tinha a percepção que para os meus colegas, quer a nível do Conselho ou do BCE, era um elemento que reforçava a capacidade de compromisso com as instituições europeias. Tinha um papel charneira no processo», frisou.
«Não cheguei a apresentar a demissão ao primeiro-ministro, mas se o PEC4 fosse aprovado eu quando muito arrancaria com os trabalhos, mas não aguentaria muito mais tempo. Fui o ministro que nos últimos 60 anos mais tempo teve nesta pasta e num período particularmente tenso. Era altura de refrescar, por isso sairia por razões de natureza pessoal», explicou.
Quanto ao futuro, Teixeira dos Santos não deixa dúvidas: «O meu envolvimento na vida política já foi longo e suficiente. Creio ter prestado um bom serviço ao país. Tive a minha conta».
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