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Isabel Martins atacou ex-companheiro à machadada. Foi condenada a 6 anos e meio de prisão
Dar um comprimido ao seu companheiro para que ele dormisse só mostra o seu ato traiçoeiro e a reflexão que fez para poder matar a vítima. Dúvidas não restam de que se trata de homicídio qualificado e só é tentado porque não lhe acertou à primeira", começou ontem por dizer a juíza do Tribunal de Oeiras a Isabel Martins, uma médica dentista que atacou à machadada o companheiro, advogado em Lisboa, a 15 de agosto de 2007. A arguida, à solta até que se esgotem os recursos, está condenada a seis anos e meio de cadeia.
A juíza continuou: "Agiu de um modo frio e calculado. É um crime com um elevado grau de ilicitude que causou um enorme alarme social." A médica dentista vai ter ainda de pagar 38 mil euros à vítima, Manuel Mendes.
O advogado esteve de baixa durante 42 dias, tendo sido sujeito a várias intervenções cirúrgicas, incluindo plásticas. A vítima, em consequência dos golpes de machado com que foi atingida – na sequência de discussões entre o casal desavindo –, perdeu a sensibilidade em três dedos da mão esquerda, depois de ter sido também atingida nas mãos ao tentar defender-se do ataque brutal no pescoço.
"Deu-se como provada quase toda a acusação. A vítima tem falta de sensibilidade. As cicatrizes ainda se mantêm. Nos primeiros tempos, teve de viver em casa de um irmão por causa do trauma", concluiu a juíza. Recorde-se que a dentista, apesar do crime, está em liberdade, sujeita a termo de identidade e residência. Antes de ir para a cadeia, a defesa adiantou que vai apresentar recurso da sentença.
cm