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Portugueses não estão a receber avisos sobre elevada concentração de poluentes

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Portugueses não estão a receber avisos sobre elevada concentração de poluentes

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O recente aumento das temperaturas e a continuação prevista de céu limpo com intensa radiação solar que se verificam desde terça-feira, 25 de Junho, levaram a que fossem ultrapassados todos os dias desde então, várias vezes, o limiar de informação ao público da concentração de ozono (O3) nas Áreas Metropolitanas de Lisboa Norte, Lisboa Sul e Setúbal.

Na Região Norte, onde é habitual algumas áreas também terem elevados níveis de ozono, não tem havido a disponibilização de qualquer informação através da Base de Dados Online sobre Qualidade do Ar, segundo explica a Quercus.

“Os avisos sobre estas ultrapassagens não estão a chegar às populações, o que se sucede pelo facto de simplesmente não estarem a ser efectuados (foi o que aconteceu durante o fim-de-semana) ou devido ao mau funcionamento da cadeia de informação, com a comunicação social a não transmitir os avisos emitidos pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (neste caso de Lisboa e Vale do Tejo – CCDR-LVT)”, explica a ONG portuguesa.

Assim, e apesar de ter sido emitida, na passada sexta-feira, uma previsão de elevadas concentrações de ozono para sábado e domingo, a legislação comunitária e nacional é “clara e inequívoca” sobre a necessidade de emitir também os avisos das ultrapassagens verificadas, uma vez que “está em causa a saúde pública das populações”.

“Com a manutenção de temperaturas elevadas nos próximos dias, é provável que ocorra a formação de níveis elevados de ozono, pelo que é fundamental o sistema de alerta à população funcionar de forma efectiva”, continua a Quercus.

A população pode consultar online os níveis de ozono registados através da rede de monitorização de qualidade do ar, no site da Agência Portuguesa do Ambiente.

Desde o dia 25 de Junho, nas Áreas Metropolitanas de Lisboa Norte, Lisboa Sul e Setúbal, registou-se um total de 27 excedências ao limiar para informação ao público (180 µg/m3), ocorridas em diversas estações de monitorização, tendo o pior dia sido 25 de Junho, terça-feira, com doze ultrapassagens. No fim-de-semana, em que não houve a emissão de avisos pela CCDR-LVT (29 e 30 de Junho), ocorreram nove ultrapassagens (três no sábado e seis no domingo).

As concentrações mais elevadas verificam-se em geral da parte da tarde, na sequência da transformação dos poluentes emitidos durante a manhã e devido às reacções químicas que ocorrem devido à intensa radiação solar e temperatura.

“Como as ultrapassagens aos limiares de informação e de alerta têm um curto período (entre uma hora a algumas horas) os avisos têm de ser rápida e eficazmente transmitidos à população. Isso só pode ser feito através das rádios nacionais, rádios locais e televisões com uma forte componente de informação. Infelizmente, tal não está a acontecer e as populações não estão a ser avisadas como seria de esperar”, assegura a Quercus.

O ozono é um poluente secundário que se forma a partir de outros poluentes como os óxidos de azoto (emitidos pelos tráfego rodoviário e pela combustão na indústria) e os compostos orgânicos voláteis (emitidos pelo tráfego rodoviário e também por determinado tipo de espécies florestais). A formação de ozono é condicionada por forte radiação solar e elevadas temperaturas.

Os efeitos na saúde derivados da exposição de curto prazo a elevadas concentrações de ozono passam por danos nos pulmões e inflamação das vias respiratórias, aumento da tosse e maior probabilidade de ataques de asma. Os grupos sensíveis, em particular, (crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias) são os que podem sofrer consequências mais graves. Quando se verificam elevadas concentrações, as precauções passam por permanecer em casa ou noutros locais fechados e não fazer actividade física intensa.


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