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Juros descem após palavras do presidente do BCE
Os juros da dívida soberana de Portugal seguem a descer ligeiramente a cinco e a 10 anos, depois do BCE ter afastado a subida dos juros e depois de terem atingido máximos desde Novembro de 2012 na quarta-feira.
Pouco depois das 16:00, os juros da dívida a 10 anos estavam a transaccionar nos 7,272%, no mercado secundário, abaixo dos 7,417% a que negociavam a meio da manhã, pelas 11:40. Na quarta-feira, os juros da dívida fecharam nos 7,465%, um máximo desde Novembro de 2012, isto depois de terem ido acima de 8% durante a sessão.
Em tendência de queda, seguiam ainda os juros da dívida a cinco anos, com os 6,570% a compararem-se com os 6,702% de meio da manhã.
Já no prazo mais curto, a dois anos, os juros subiam ligeiramente, de 5,120% pelas 11:40 de hoje para 5,370% pelas 16:00.
O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, considerou hoje que Portugal já conseguiu resultados muito significativos, apesar do “caminho doloroso” que está a percorrer.
Mario Draghi considerou ainda que as Finanças do país estão em “boas mãos” mesmo depois de Vítor Gaspar ter saído do Governo por opção e considerou que se deve dar mais crédito a Portugal, considerando o percurso que o país tem feito na correcção dos seus desequilíbrios.
Na habitual conferência de imprensa que se seguiu à reunião do conselho de governadores do BCE, na qual foi decidida a manutenção das taxas de juro de referência em níveis historicamente baixos, o presidente do BCE afastou ainda o cenário de uma subida dos juros num “extenso período de tempo” e garantiu que a política monetária continuará flexível enquanto for necessário.
Os juros da dívida subiram na quarta-feira devido à crise política desencadeada pela apresentação na terça-feira da demissão do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros e líder do CDS-PP, Paulo Portas.
Na terça-feira, os juros da dívida soberana portuguesa já tinham subido durante a sessão e fechado em alta depois do ministro de Estado e das Finanças, Vitor Gaspar, ter apresentado a demissão na segunda-feira, e ser substituído no cargo pela até então secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, que tomou posse na terça-feira.
Hoje, o primeiro-ministro e líder do PSD, Pedro Passos Coelho, e o líder do CDS-PP têm estado reunidos.
Fonte: Lusa/SOL