kokas
GF Ouro
- Entrou
- Set 27, 2006
- Mensagens
- 40,723
- Gostos Recebidos
- 3
Discussão seguida de agressão. A versão, contada ao JN, de José Nunes, de 62 anos, PSP reformado, segundo sacristão da paróquia de Regadas (Fafe). Foi o culminar de uma quezília antiga, e cuja "gota de água" foi o facto de o padre não querer "que se reze o terço à frente do altar".
Tudo aconteceu poucos minutos antes das 19 horas de sábado, altura da missa vespertina. José Nunes ia novamente rezar o terço, que precede a missa, mas faltava--lhe a aparelhagem e o microfone. Quando o pároco Manuel Silva chegou, confrontou-o e foi agredido, acusa.
José Nunes lidera o grupo coral onde também é organista há 37 anos. É assim que ocupa o tempo de reformado de uma vida de polícia. A mulher segue-lhe os passos e asseia o altar-mor há mais de 20 anos. Daí que ninguém se espante de ver ex-PSP a rezar os terços antes da missa. Mas foi ali que começou o problema: "Ele (o padre) nunca quis que eu rezasse o terço em frente do altar, de joelhos e meditasse entre cada Mistério", assume o segundo sacristão.
Daí que quando não viu o microfone, que admite ter sido "escondido", antes da missa, foi falar com o padre: "Fui ter com ele e disse-lhe que se quisesse falar alguma coisa comigo íamos os dois a casa dele e falávamos". Aí, refere, ao JN, o sacerdote ameaçou-o: "Disse-me que se fossemos a casa dele era para me dar dois murros". José Nunes admite que ripostou ao pároco e acabou espancado com "três murros e um pontapé". O ex-PSP só não levou mais porque se defendeu e foi separado pelo principal sacristão.
Sanada a situação, foi assistir à missa com ferimentos no nariz e na testa. Afirma que não vai fazer queixa, e até perdoa o padre. "Prefiro deixar que Deus faça justiça", diz. Para trás ficam cicatrizes, os óculos partidos e um pedido de desculpas que não chegou.
O JN tentou contactar o padre Manuel Silva, sem êxito. O principal sacristão, José Teixeira, afirmou não poder contar nada. Fonte oficial do Gabinete de D. Jorge Ortiga, arcebispo-primaz de Braga, disse, ao JN, que esta questão "será resolvida internamente".
jn