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Economia chinesa – a hora do abrandamento

p.rodrigues

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Depois de anos com crescimento de dois dígitos, a segunda maior economia mundial está a abrandar para valores considerados mais sustentáveis e, sobretudo, mais propícios à defesa do ambiente e à introdução de reformas estruturais.

No segundo trimestre de 2013, o Produto Interno Bruto (PIB) chinês cresceu apenas 7,5%, registando um crescimento inferior a 8% pelo quinto trimestre consecutivo, e baixando a média do semestre para 7,6%, anunciou nesta segunda-feira o Gabinete Nacional de Estatísticas da China.

Aquele valor (7,6%) representa um abrandamento de 0,2 pontos percentuais face à média de 2012 (7,8%), que foi a mais baixa desde 1999, mas coincide com a meta preconizada pelo Governo no início do ano ("cerca de 7,5%).

"Os principais indicadores económicos ainda estão dentro dos padrões razoáveis, como era esperado, mas o clima económico continua complicado", disse o porta-voz do Gabinete Nacional de Estatísticas, Sheng Laiyun.

Nas bolsas de Hong Kong e Xangai, as cotações subiram hoje de manhã 0,43% e 0,61%, respectivamente, parecendo também indicar que o desempenho económico da China nos primeiros seis meses do ano correspondeu às expectativas dos mercados.

Num comentário divulgado na sexta-feira, a agência noticiosa oficial chinesa Xinhua já tinha antecipado que "o Governo tolerará um abrandamento económico".

"O novo Governo parece menos interessado na velocidade do crescimento económico. O foco agora é resolver problemas no modelo de crescimento", afirmou um economista do Banco Asiático de Desenvolvimento, Zhuang Jian, citado pela Xinhua.

Desde o início da política de "Reforma e Abertura", em 1979, as exportações foram o principal motor do crescimento da China, mas após a crise financeira de 2008, a procura na União Europa e nos Estados Unidos, os seus principais mercados, diminuiu.

O novo modelo de crescimento passou a assentar no consumo interno e, em vez da "quantidade", o Governo diz privilegiar a "qualidade".

No primeiro semestre do ano, as vendas a retalho, um dos principais indicadores do consumo interno, aumentaram 12,7% em relação a igual período de 2012. Só em Junho, esta rubrica cresceu 13,3%, o mais rápido crescimento do ano.

O aumento foi particularmente acentuado nas zonas rurais (mais 14,3%), onde vivem 47% dos cerca de 1.350 milhões de habitantes do país.

Pelas contas oficiais, nos primeiros seis meses do ano, o rendimento disponível per capita nas zonas rurais subiu 11,9%, para 4.817 yuan (600 euros), e nas áreas urbanas 9,1%, para 13.649 yuan (1.700 euros).

O desemprego urbano mantém-se abaixo de 4,5% e a inflação no primeiro semestre de 2013 subiu para 2,4%, aquém do máximo de 3,5% prometido pelo Governo.

No plano ambiental, a transformação da China na "fábrica do mundo" teve um preço demasiado alto, poluindo o céu de algumas das suas principais cidades, nomeadamente o da capital.

As manifestações de protesto contra a instalação de indústrias poluidoras, protagonizadas por uma opinião pública cada vez mais informada e exigente, estão a multiplicar-se.

Para muitos chineses, o ritmo de crescimento mostra-se mesmo difícil de suportar: "China, por favor, para o teu ritmo vertiginoso, espera pelo teu povo, espera pela tua alma", diz uma proclamação que circula na internet.

Fonte: Publico

Obs: Quando as economias ocidentais colapsarem, a quem é que a China e países similares venderão os seus produtos?
 
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