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Avião de Morales: Equador chama embaixadores na Europa

kokas

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Set 27, 2006
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O ministro dos Negócios Estrangeiros equatoriano, Ricardo Patiño, disse esta terça-feira que chamou para consulta os embaixadores do Equador em Espanha, França, Portugal e Itália, depois de o avião do Presidente boliviano ter sido impedido de sobrevoar vários países europeus.

No regresso à Bolívia a partir da Rússia, há duas semanas, o Presidente boliviano Evo Morales teve de ficar mais de 13 horas em Viena, porque a Itália, França e Portugal revogaram a autorização para sobrevoar ou aterrar nos respetivos territórios sob a suspeita de que o ex-consultor da Agência de Segurança Nacional norte-americana Edward Snowden estaria a bordo do avião presidencial, segundo denunciaram as autoridades bolivianas.

Os protestos bolivianos incluem também a Espanha porque Alberto Carnero, embaixador na Áustria, país onde Morales teve de passar mais de meio dia à espera de seguir viagem, quis inspecionar o seu avião para verificar se Snowden estava a bordo, segundo o Presidente boliviano.

«Chamámos os nossos embaixadores para que nos informem de tudo o que se passou», disse o ministro dos Negócios Estrangeiros equatoriano, que fez «uma reclamação junto das Nações Unidas por uma afronta desta natureza contra o Presidente Evo Morales», informou a imprensa local.

Patiño interrogou-se «o que teria acontecido se fosse o avião do Presidente dos Estados Unidos, do Presidente da França ou de Espanha... (a sofrer restrições de voo) seguramente vinham os aviões de guerra para resgatar o seu Presidente».

O bloqueio ao avião de Morales foi condenado por organismos regionais como a União das Nações Sul-americanas (Unasur), Mercosur e Organização dos Estados Americanos (OEA), que pediram explicações aos países europeus envolvidos e desculpas pelo sucedido.

Na segunda-feira o Governo espanhol pediu desculpa à chancelaria boliviana pelo incidente ocorrido com o avião do Presidente Evo Morales na Europa, há duas semanas, e disse esperar que as relações bilaterais se mantenham boas.

A nota de Espanha dirigida à chancelaria da Bolívia foi entregue pelo embaixador espanhol em La Paz, Ángel Vázquez, que lamentou o procedimento do seu homólogo em Viena, Alberto Castro.

«Lamentamos esse facto, apresentamos as nossas desculpas por esse procedimento, que não foi adequado», lê-se no documento, que refere ainda que Evo Morales «foi colocado numa posição difícil e imprópria para um chefe de Estado».

Reclamado pelos Estados Unidos por divulgar informação classificada, Edward Snowden está na zona de trânsito do aeroporto Sheremetyevo, em Moscovo, desde 23 de junho.


tvi24
 
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