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Académico proibido de revelar vulnerabilidade em carros

p.rodrigues

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O cientista Flávio Garcia, da Universidade de Birmingham, foi alvo de uma injunção no Tribunal Superior de Justiça do Reino Unido, na sequência de ter identificado o algoritmo exclusivo usado nalguns carros para verificarem a autenticidade da chave de ignição, revelou o jornal The Guardian. O processo foi desencadeado pela Volkswagen, quando se percebeu que o investigador – e outros dois especialistas em cifra de uma universidade holandesa, a Stichting Katholieke Universiteit – descobriram como quebrar o sistema de segurança em várias marcas de carros de luxo: entre as quais da Porsche, Lamborghini e ou Audi.
A Volkswagen pediu ao investigador Flávio Garcia, e à sua equipa, para publicarem uma versão alterada do seu trabalho, sem códigos secretos capazes de permitir o roubo de carros de luxo. Os académicos recusaram.

O fabricante queixoso pretende que a investigação permaneça sem ser publicada por temer que “permita a alguém, especialmente uma gangues criminosos sofisticados, com as ferramentas certas, violarem a segurança de carros e roubarem-nos “. Os automóveis são protegidos por um algoritmo que geram os códigos trocados entre a chave e o carro, num sistema conhecido como Megamos Crypto.

Os cientistas planeavam revelar o seu trabalho – “Dismantling Megamos Crypto: Wirelessly Lockpicking a Vehicle Immobiliser” – no Security Symposium em Washington (DC) no próximo mês. A Volkswagen pediu a Garcia e sua equipa para publicar uma versão alterada da investigação, sem os códigos secretos, mas os cientistas recusaram.

Alegam que o público tem o direito de conhecer as vulnerabilidades no referido sistema de segurança: insistem que não é uma tentativa de ajudar criminosos a roubar carros. Garcia e os seus colegas da instituição holandesa, Baris Ege e Roel Verdult, reivindicam ser “académicos responsáveis, a desenvolver um trabalho académico legítimo”.

Fonte: Computerworld
As universidades condenam a providência cautelar por não defender a liberdade académica e o interesse público. Mas respeitam a decisão, vão procurar apoio técnico e jurídico. O tribunal ainda terá uma deliberação final sobre o caso
 
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