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Máquinas de café Starbucks chegam a Portugal em 2014

p.rodrigues

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A Starbucks vai entrar na guerra do café em Portugal. No próximo ano, a maior rede de cafetarias do mundo vai começar a vender máquinas e cápsulas de café para consumo doméstico no mercado nacional, rivalizando com a Nespresso, da Nestlé, ou a Delta.

“Estamos a trabalhar para ter uma máquina que acompanhe a concorrência. Acredito que provavelmente em 2014 a teremos cá” avança, em entrevista ao SOL, o director de operações da Starbucks Portugal, Luís Rocha Mello. O gestor explica que a marca já tem esta oferta em vários países europeus e que o arranque em Portugal até “estava previsto para este ano”.

O processo atrasou-se porque foi preciso ajustar os produtos ao gosto dos consumidores portugueses. Ao contrário de mercados onde os clientes preferem bebidas à base de café – como frappuccinos ou macchiatos –, por cá impõe-se o expresso. E essa gama de cápsulas ainda não era suficientemente ampla para competir com as dos concorrentes. Por isso, optou-se por trabalhar mais a variedade de aromas antes de entrar em campo.

Crise trava expansão

Em Portugal desde 2008, com uma rede de oito lojas – todas em Lisboa, a mais recente inaugurada há poucas semanas no aeroporto –, a Starbucks está a apostar em novas áreas de negócio, numa altura em que tem refreado a expansão. “O plano era mais agressivo. Abrimos sete lojas até 2010 e tínhamos pensado abrir quatro a cinco lojas por ano. No início, quase cumprimos. Mas parámos face às circunstâncias que a Península Ibérica vive, em particular Espanha”.

Detida pelos espanhóis do Vips, grupo de restauração dono da licença ibérica da Starbucks que entretanto está a reestruturar-se, a Starbucks Portugal está dependente do capital que a holding espanhola disponibiliza para o mercado luso. Ainda assim, a empresa portuguesa não desiste de crescer.

Em Lisboa, “há uma oportunidade que está a ser discutida” e “até ao final do ano” talvez possa concretizar-se, admite o director. Porto, Braga ou Algarve são regiões que interessam à empresa, mas ainda não há planos concretos.

Licenciar lojas – cedendo a marca mas contando com investimento de terceiros – ou crescer através de aquisições também são opções, desde que haja capacidade para investir e boas localizações. A empresa esteve perto de comprar as cafetarias Magnólia.

Resultado acima do esperado

Apesar de não desvendar muito sobre a performance financeira, segundo os dados anuais divulgados esta semana pelo Vips e cedidos pela Starbucks Portugal, as vendas no mercado nacional caíram 6,5% entre 2011 e 2012. Mas estabilizaram no primeiro semestre de 2013, face a igual período do ano passado. “Não somos imunes ao que se passa à nossa volta. Mas os resultados são bastante bons para o que esperaríamos e dadas as circunstâncias”, realça. “Nos últimos dois anos, as vendas e resultados em Portugal ultrapassaram as expectativas”.

Por cá, aquela que é considerada a quinta marca mais admirada do mundo, segundo a revista Fortune, tem beneficiado do aumento do turismo (principalmente nas lojas da Baixa, Chiado e Rossio). Mas também tem conquistado portugueses, adaptando- se ao gosto nacional (ver caixa).

É certo que o gasto médio em cada compra tem baixado porque se consome menos. Mas a empresa segue o sector e contraria a tendência com promoções, uma estratégia introduzida sobretudo a partir de 2012, desenhada à medida do mercado ibérico. “A Starbucks não é propriamente fã de grandes acções promocionais” e não as faz nas Américas ou na Ásia, onde cresce muito.

Questionado sobre se os preços praticados não seriam demasiado altos para o poder de compra em Portugal, Luís Rocha Mello desvaloriza. “Estão de acordo com a qualidade que damos. Mas as pessoas têm mais dificuldade em gastar o que lhes pedimos e por isso fazemos promoções”. Admite ainda que quando avaliam a Starbucks, os clientes portugueses classificam o produto como excelente, mas não mostram tanta satisfação com o preço. Ou seja, valorizam a experiência mas não querem pagar por ela.

Fonte: Sol
 
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