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O homem que (não) está enterrado ao lado do assassino de Kennedy

p.rodrigues

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The New York Times põe fim a um mistério com 15 anos, revelando a identidade do nome da campa ao lado de Lee Harvey Oswald.

Há 15 anos que a discreta placa colocada sobre a relva do cemitério era um mistério. Tinha apenas um nome: NICK BEEF.

Intrigava todos os que visitavam a igualmente discreta campa ao lado, que tinha, esta sim, um nome sobejamente conhecido, Oswald, identificando Lee Harvey Oswald, o assassino do Presidente norte-americano John F. Kennedy.

Oswald, ele próprio assassinado dois dias depois da morte de Kennedy, em Novembro de 1963, está enterrado no cemitério de Fort Worth, no Texas, ao lado da mãe, que morreu em 1981. Foi aí que há cerca de 15 anos surgiu a misteriosa placa de granito com o nome de NICK BEEF, o que fez, mais uma vez, disparar as incontáveis teorias da conspiração que sempre rodearam a morte de Kennedy. Agora o The New York Times revela a verdade sobre este mistério: Nick Beef existe (embora o seu nome verdadeiro seja Patric Abedin), está vivo, e não há ninguém enterrado ao lado de Oswald.

A história é contada ao diário norte-americano pelo próprio Beef, que se apresenta como escritor e artista, e que decidiu revelar tudo agora que se aproxima o 50.º aniversário do duplo assassinato. O que Beef contou ao New York Times é que ele é, efectivamente, o proprietário da pequena parcela de terreno em Fort Worth – e mostrou até um contrato para a aquisição do espaço e um recibo da instalação da pedra de granito com a inscrição NICK BEEF.

Sabia-se já que o túmulo estava vazio, e havia rumores de que a história envolvia um escritor/artista que se identificava como Nick Beef e que teria pago pelo talhão. Segundo um texto de 2005 do Houston Chronicle, a ideia era que as pessoas pudessem perguntar aos funcionários do cemitério onde ficava o túmulo de Nick Beef para encontrar o de Oswald, já que a pedido da família deste não estão autorizados a indicar o local onde se encontra o assassino de Kennedy.

Campa comprada a prestações
O artigo do Houston Chronicle indica que não se encontrava nenhuma morada ou número de telefone de um Nick Beef e que os especialistas em Oswald ignoravam totalmente a existência de uma pessoa com este nome.

A história que Patric Abedin/Nick Beef agora contou ao New York Times começa a 21 de Novembro de 1963, na véspera da morte do Presidente, quando Abedin, então com seis anos e filho de um oficial da Força Aérea, viu Kennedy e a mulher, Jackie, a poucos metros de distância, durante uma visita do casal presidencial na base da Força Aérea de Fort Worth, no Texas.

Durante a adolescência, visitou várias vezes a campa de Oswald no cemitério, com a mãe. E aos 18 anos leu num jornal que o talhão ao lado nunca tinha sido comprado. Decidiu comprá-lo – a prestações. Não sabe explicar porquê. “Significava alguma coisa para a minha vida. Era um sítio onde podia ir e sentir-me confortável”.

Mais tarde tornou-se autor de textos de humor, que por vezes assinava como Nick Beef. Depois da morte da mãe, Abedin, que entretanto se mudara para Nova Iorque, voltou ao Texas e decidiu comprar uma placa com as mesmas dimensões da de Oswald, gravar o seu pseudónimo artístico e colocá-la no talhão. Não fez mais nada – excepto ter começado um projecto a que chamou DieKus, uma colecção de fotografias com túmulos marcados apenas por uma palavra.

Diz que não se trata de um projecto artístico nem de uma instalação. E, acima de tudo, Nick Beef não tem nada a ver com teorias da conspiração. É apenas algo que tem significado para um homem chamado Patric Abedin, que quando era criança viu o Presidente Kennedy na véspera deste morrer e que nunca mais se esqueceu desse dia.

Fonte: Publico
 
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