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Morreu homem a quem a cadela puxava cadeira de rodas

kokas

GF Ouro
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Set 27, 2006
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Francisco Dias Simões, o homem deficiente, que durante anos pedia esmola na Rua Augusta, em Lisboa, onde chegava com a ajuda preciosa da sua inseparável cadela, que lhe puxava a cadeira de rodas, morreu há dias no hospital do Barreiro.
Era uma figura muito conhecida na baixa lisboeta e, especialmente, para quem fazia diariamente a travessia do Tejo nos barcos do Barreiro. Francisco viajava na sua cadeira de rodas, que era puxada pela "Esgazeada", a sua inseparável cadela.
Muitos se admiravam pelo esforço do animal, que, todos os dias, lá puxava pela vida do dono, sentando na cadeira de rodas, entre o terminal fluvial do Terreiro do Paço e a Rua Augusta, onde todos o conheciam.
Em junho do ano passado, uma onda solidária a partir da história contada pelo JN permitiu-lhe adquirir uma cadeira elétrica, onde passou a viajar, aliviando assim o esforço da "Esgazeada" , a quem os anos também já começavam a pesar e a retirar forças.
Na última semana, uma complicação pulmonar levou-o ao Hospital do Barreiro onde, segundo uma amiga, não resistiu ao estado de fraqueza geral e acabou por falecer.
O homem que dizia não ter família - tinha apenas dois irmãos, mas com quem não mantinha qualquer relação - mas via na Esgazeada "uma verdadeira companheira", foi a enterrar na última segunda-feira. Lisboa perdeu assim uma das suas figuras típicas e uma das histórias mais belas de amizade entre o homem e um animal.


jn
 
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