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Uma bombeira morreu e seis ficaram feridos no Caramulo

kokas

GF Ouro
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Um incidente "estranho" com os bombeiros que manejavam uma mangueira no combate a um incêndio na serra do Caramulo, em Tondela, feriu 6 elementos e matou Ana Rita, da corporação de Alcabideche.

Uma bombeira da corporação de Alcabideche morreu e 6 colegas sofreram queimaduras de 2.o e 3.oº graus, quinta-feira à tarde, quando combatiam as chamas em Pedronhe, Tondela, na serra do Caramulo, num incêndio que teve início na quarta-feira. O incidente foi "muito estranho", disse o comandante operacional distrital de Aveiro, José Bismarck.
A equipa de Lisboa estava, pelas 15 horas, a combater uma frente reativada. "Eram 30 elementos que estavam a combater em linha de água, ou seja, todos na mesma direção, agarrados à mangueira. De repente, foram apanhados pelas chamas e ficaram todos caídos. Não se entende", disse o comandante, que duvida que tenha sido obra do vento. "Estando 30 homens na mesma direção, ter-se-iam apercebido da mudança de vento e cada um teria fugido para seu lado... mas caíram todos juntos, e no mesmo sentido", explicou.

A bombeira que morreu esteve desaparecida durante algum tempo. A equipa encontrava-se em zona com muita vegetação e declive de 60%. "Foram necessárias cordas para retirar os feridos, a principal preocupação. Ao contabilizá-los, detetou-se a falta de uma bombeira. Estava sem vida, camuflada pela vegetação", disse Bismarck. O ministro da Administração Interna, Miguel
Macedo, já lamentou o óbito.
"Vai ser necessário abrir inquérito e falar com os bombeiros para se perceber o que se passou e retirarmos ensinamentos", acrescentou Bismarck. Segundo o mesmo responsável, entre os 6 feridos, dois sofreram queimaduras de 3.o grau "em grande extensão do corpo".

jn
 

frodoring

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Miguel Macedo lamenta morte de bombeira e garante meios suficientes

O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, lamentou, esta quinta-feira, a morte de uma bombeira em Tondela e garantiu a existência de meios suficientes de combate aos incêndios, lembrando as temperaturas elevadas nos últimos dias e a dificuldade dos acessos.

Miguel Macedo esteve no Comando Nacional de Operações de Socorro da Autoridade Nacional de Proteção Civil, em Carnaxide, onde assistiu a um ‘briefing’ para se inteirar da atual situação dos incêndios florestais.

Em declarações aos jornalistas, no final do ‘briefing’, o ministro da Administração Interna começou por fazer referência ao incêndio que lavra na Serra do Caramulo, concelho de Tondela, e que vitimou hoje uma bombeira de 24 anos.

“Queria nesta ocasião, evidentemente, expressar as condolências, quer aos bombeiros de Alcabideche, onde integrava o corpo de bombeiros, quer à família da senhora bombeira”, começou por dizer o ministro da Administração Interna.

Depois, referindo-se aos incêndios que lavram desde domingo, apontou que são, em parte, uma inevitabilidade.

“É, em parte, uma inevitabilidade, dado o estado de abandono em que está uma grande parte da floresta portuguesa”, defendeu o ministro.

Apontou, por outro lado, as temperaturas elevadas que se têm feito sentir e o grau de humidade muito baixo que “propiciam uma muito rápida progressão dos incêndios”.

A estes fatores acrescentou ainda a grande dispersão de ocorrências, sublinhando que só no dia de quarta-feira houve mais de 300 ocorrências no país.

Por outro lado, defendeu que o país tem neste momento “o maior dispositivo de combate aos incêndios dos últimos anos”, apontando que estão a atuar 46 meios aéreos, bem como “o maior dispositivo terrestre dos últimos anos”.

“Morrem bombeiros porque as condições em que se processa a luta contra o fogo nesse tipo de terrenos são extraordinariamente difíceis”, defendeu Miguel Macedo, recusando que estas mortes estejam relacionadas com a falta de preparação ou a falta de meios das corporações.

Lembrou, a propósito, que o Governo “aumentou em mais de 11% o contributo financeiro para as corporações de bombeiros”, não negando, no entanto, que haja corpos de bombeiros em dificuldade, mas recusando que essa seja a questão central.

“A questão é que as condições de facto em que se processam alguns deste combates aos fogos florestais são extraordinariamente difíceis”, sublinhou.

“É só irmos ao distrito de Viseu ou de Vila Real e andar nos montes, que muitas vezes não têm acessos, (e ver) as condições em que se processa quer o trânsito de veículos quando é possível, quer o encaminhamento das equipas que fazem combate a esses fogos florestais ou os declives muito acentuados”, acrescentou.

De acordo com Miguel Macedo, com base em informação da Proteção Civil, o acidente que vitimou esta quarta-feira a bombeira ocorreu num terreno com 60% de inclinação.

O ministro recusou que haja algum problema de estratégia e sublinhou a profunda confiança no dispositivo e no comando.

“Quero deixar aqui uma palavra de reconhecimento e gratidão a todos aqueles que têm lutado de forma extenuante para salvaguardar pessoas e bens ao longo destes dias”, disse o governante.

Quanto a um possível trabalho de prevenção, o ministro disse neste momento estar concentrado em conseguir os meios para combater os atuais incêndios, sublinhando que o país está atualmente “numa guerra muito dura contra os fogos” e que em “tempo de guerra não se limpam armas”.

FONTE: JN
 
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