kokas
GF Ouro
- Entrou
- Set 27, 2006
- Mensagens
- 40,723
- Gostos Recebidos
- 3
Quarenta anos depois do golpe de Estado que derrubou o Governo socialista de Salvador Allende, o Chile está longe da reconciliação, entre a herança da ditadura de Augusto Pinochet e as exigências das novas gerações.
"Atualmente, vivemos noutro país. Um país que decidiu expressar as suas exigências, com a convicção de que é preciso mudar toda a herança da ditadura, e isso dá-nos uma perspetiva diferente sobre como abordar estes 40 anos", disse à agência noticiosa francesa AFP Lorena Pizarro, presidente da associação das Famílias dos Detidos-Desaparecidos.
O sociólogo Alberto Mayol afirmou que "esta comemoração produz-se no final de um ciclo político, nascido sob a ditadura, mantido numa fase de transição e atualmente em fase de conclusão".
Com o movimento dos estudantes, que gritaram na rua "Ela vai acabar, ela vai acabar, a educação de Pinochet!", a sociedade chilena exige mudanças de um modelo económico ultraliberal, que fez do Chile um dos países mais desenvolvidos da América Latina, mas de grandes desigualdades, com um sistema político pouco representativo.
"É todo um legado ditatorial que está hoje em questão", considerou Mayol.
Inspirado pelos discípulos do economista norte-americano Milton Friedman, Pinochet privatizou a saúde, a educação e as reformas.
dn