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GF Ouro
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A Rússia advertiu hoje que a ameaça de consequências na resolução da ONU sobre a Síria pode fazer fracassar o processo de paz, mas disse-se convencida de que os Estados Unidos vão manter o enquadramento definido com Moscovo.
Serguei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros russo, reagia à declaração saída do encontro de hoje dos homólogos francês, britânico e norte-americano defendendo uma resolução «forte» que preveja «consequências» em caso de incumprimento pelo regime de Damasco.
«Se para alguém é mais importante ameaçar constantemente, essa é uma via para destruir completamente as hipóteses de organizar uma Conferência de Genebra II», disse Lavrov a jornalistas em Moscovo, referindo-se a uma reunião internacional para encontrar uma solução política para o conflito na Síria.
A França anunciou hoje a organização, na próxima semana em Nova Iorque, de uma «grande reunião internacional» para reforçar o apoio à oposição síria, depois de um encontro em Paris com os homólogos britânico e norte-americano.
«Sabemos que para negociar uma solução política é precisa uma oposição forte. Contamos, nesse sentido, reforçar o nosso apoio à coligação nacional síria e, nesse espírito, vai ser organizada em Nova Iorque, por ocasião da Assembleia Geral das Nações Unidas, uma grande reunião internacional», disse o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Laurent Fabius, numa conferência de imprensa.
A França, o Reino Unido e os Estados Unidos pediram hoje uma resolução da ONU «forte e obrigatória» sobre a entrega pela Síria do seu arsenal químico, anunciou a presidência francesa.
O Presidente francês, François Hollande, e os chefes das diplomacias britânica, William Hague, e norte-americana, John Kerry, acordaram, num encontro que mantiveram hoje em Paris, que tem de haver «um calendário preciso» para o desmantelamento do arsenal sírio, segundo um comunicado da presidência.
Durante o encontro, François Hollande sublinhou que os três aliados devem «manter a linha de firmeza que permitiu desencadear o processo diplomático e de solidariedade», segundo fontes da presidência citadas pela agência France Presse.
tvi24