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Começa quinta-feira julgamento do padre acusado de abusos sexuais

zuma

GF Prata
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Set 26, 2006
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O Tribunal Judicial do Fundão começa na quinta-feira a julgar o padre de 37 anos, ex-vice reitor do Seminário do Fundão, que está acusado de 19 crimes de abuso sexual de menores.

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De acordo com a acusação, o padre terá abusado de seis crianças, cinco das quais alunos em regime de internato no Seminário do Fundão, local aonde alegadamente os crimes foram cometidos.

A acusação refere que Luís Mendes terá agido sempre com menores que considerava "mais fracos emocional ou familiarmente e sobre quem tinha forte ascendente".

Às vítimas, o padre diria que aquilo que fazia era "o que os pais faziam aos filhos".

Essa justificação também foi apresentada pelo próprio na avaliação psicológica de que foi alvo e na qual se conclui que sofre de "perturbação da personalidade, com desvio no comportamento sexual".

Os peritos que realizaram a avaliação alertam ainda para o "risco de reincidência" e ressalvam que o arguido nunca confessou os crimes, apenas assumindo que se deitava com as vítimas para as "consolar" e "confortar".

Em contraponto, os factos descritos na acusação de forma pormenorizada apontam para atos sexuais relevantes que terão ocorrido numa escalada de frequência e gravidade, nos meses antes da detenção.

Além dessas situações mais recentes, que foram denunciadas à PJ da Guarda por alguns dos pais das vítimas, há também referência a um caso anterior (2008), que foi comunicado às autoridades pela própria vítima, já depois de o padre ter sido detido, a 07 de dezembro de 2012.

Estes abusos terão ocorrido quando o jovem (atualmente já é maior de idade) era aluno do padre, que, até ser preso, deu aulas de Educação Moral e Religiosa no Externato Nossa Senhora dos Remédios, no Tortosendo (Covilhã), aonde os seminaristas do Fundão também frequentam a componente letiva.

No depoimento, o jovem, que acabou por pedir transferência daquela instituição de ensino, garantiu também que, à data, tentou denunciar a situação.

Primeiro terá tido uma conversa com um responsável do Externato e depois enviou uma mensagem de correio eletrónico para Ministério da Educação (ME).

Essa mensagem - cujo envio foi, no decorrer da investigação, confirmado pelo ME - nunca teve tratamento. Já o responsável do externato, ouvido no âmbito do inquérito, garantiu que o aluno apenas lhe falou em "desentendimentos" e lhe pediu para abandonar as aulas do padre, sem especificar que as razões se prenderiam com abusos sexuais.

Tendo em conta que se trata de um caso com vítimas menores, o julgamento deverá decorrer à porta fechada e as vítimas não devem estar presentes, uma vez que já foram ouvidas para memória futura.

O padre encontra-se em prisão domiciliária desde o dia em que foi detido. Inicialmente, foi para casa dos pais em S. Romão (localidade do concelho de Seia de onde é natural) e mais tarde foi transferido para uma casa da Diocese da Guarda.

Fonte: NM
 
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