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GF Ouro
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Estudantes e reitor de Coimbra uniram-se ontem nas críticas a dois inimigos comuns – troika e Governo –, responsáveis pelo corte de 30% das dotações para o ensino superior nos últimos três anos.
Ricardo Morgado, presidente da Associação Académica de Coimbra (AAC), criticou a política de cortes e lembrou que "ainda não saímos da crise, não recuperámos a nossa soberania nem voltámos aos mercados".
Já o reitor, João Gabriel Silva, garantiu que a Univ. de Coimbra só não entrou em "colapso total" porque tem receitas próprias. Dinheiro que, diz o Governo, não deve em 2014 ultrapassar o valor de 2012. "É insano", considerou o reitor, lembrando que as dotações do Estado não chegam sequer para pagar os salários. Por isso, a interferência do Governo nas receitas próprias "é uma linha vermelha que não pode ser ultrapassada".
Os juros pagos à troika também valeram críticas. "A nossa crise dá lucro e não é pouco a quem nos financia", alertou o presidente da AAC.
Em tempo de crise, os estudantes não compreendem porque motivo um aluno perde a bolsa se tiver alguém no agregado familiar com dívidas ao Fisco. Convictos de que o sistema de ação social "é ilegal", vão pedir parecer ao Tribunal Constitucional.
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