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Sindicatos contra maquinistas espanhóis na Linha do Minho por questões de segurança

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Sindicatos contra maquinistas espanhóis na Linha do Minho por questões de segurança

A Confederação Geral do Trabalho (CGT) de Espanha pediu ao Ministério do Fomento para não aceitar colocar maquinistas espanhóis a operarem comboios em Portugal, face aos problemas da língua e às condições de segurança na Linha do Minho.
O pedido consta de uma carta enviada por aquela intersindical espanhola ao ministério que tutela os transportes de Espanha, à qual a agência Lusa teve hoje acesso, e surge na sequência da formação em língua portuguesa que a transportadora pública Renfe está a assegurar a 64 maquinistas e cobradores da empresa.
O objectivo é fazer com que estes profissionais passem a assegurar o serviço do comboio directo Porto-Vigo (Galiza) - que é operado desde 02 de Julho em conjunto com a CP -, também no trajecto em Portugal, evitando assim a troca de equipas que acontece em Valença, em ambos os sentidos.
Neste ofício, enviado em Setembro ao ministério do Fomento, aquela intersindical, através do Sector Federal Ferroviário, recorda que a circulação na Linha do Minho, no troço entre Valença, Viana do Castelo e Nine, é feita "em condições de segurança muito mais degradadas do que as habituais em Espanha".
Trata-se do único troço (cerca de 90 quilómetros) daquela linha ainda por electrificar e modernizar, existindo o compromisso do Governo português de o fazer até 2016.
Assim, a circulação está "totalmente dependente do maquinista do comboio e do pessoal português" que a regula, sublinha a CGT.
Aponta que neste troço "não há um sistema de segurança (automático) que trave o comboio, caso não seja respeitado pelo maquinista um sinal ordenando a redução de velocidade", que toda a segurança depende de processos manuais e que as comunicações entre as estações e as composições são feitas por "rudimentares chamadas telefónicas".
Somando à "precária segurança", a CGT recorda o facto de em Portugal ser aplicada - além de um sistema de segurança igualmente distinto do espanhol -, uma normativa de circulação diferente, editada em português, que pode não ser totalmente compreendida pelos profissionais espanhóis.
"Tudo se complicará numa situação de emergência, com a intervenção de diferentes organismos portugueses ferroviários e civis, com regulamentos e protocolos que desconhecemos, num país com uma língua diferente", lê-se ainda na carta.
Acrescentam que a formação em português prevista pela Renfe para estes profissionais será "insuficiente", em função das necessidades de comunicação dos maquinistas, nomeadamente em caso de emergência, situações que requerem "fluidez no domínio" da língua.
Aquela intersindical pede assim ao Governo espanhol para não aceitar este modelo, que "supõe uma redução considerável dos padrões de segurança", mantendo antes a actual operação dos comboios directos entre Vigo e Porto com profissionais das duas empresas.

Fonte: Lusa/SOL
 
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