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GF Ouro
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Os médicos vão ser responsabilizados no caso de prescreverem antibióticos para tratar doenças para as quais esse tipo de medicamentos não é eficaz como, por exemplo, no caso de uma infeção gripal. Os profissionais são ainda desaconselhados a receitar antibióticos para prevenir o aparecimento de infeções, como acontece quando o doente vai ser submetido a uma cirurgia, anunciou ontem o diretor-geral da Saúde, Francisco George.
Sem avançar com eventuais medidas penalizadoras a aplicar aos médicos que infrinjam as novas regras da prescrição de antibióticos, Francisco George sublinhou que a única exceção onde se admitirá a prescrição de antibióticos como medida profilática é a "cirurgia cardiotorácica".
Segundo o responsável, que falava na cerimónia de recondução do cargo para o qual se recandidatou juntamente com a mesma equipa – não foi por nomeação do ministro da Saúde – haverá grupos de médicos nos hospitais que irão fiscalizar a prescrição destes medicamentos. "A prescrição de antibióticos passa a ser discutida entre pares que irão avaliar a necessidade dessa prescrição", explicou.
A diminuição da prescrição e consumo de antibióticos são medidas que visam diminuir o problema da resistência das bactérias a estes remédios, um problema "grave" que tem vindo a aumentar em Portugal e que causa especial preocupação no caso do tratamento das tuberculoses.
Na ocasião foram ainda divulgados dados do Programa Nacional para as Doenças Cérebro Cardiovasculares. Nas últimas duas décadas houve uma diminuição do número de mortes devido a doenças cardiovasculares ou do aparelho circulatório e mortes por acidente vascular cerebral.
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