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Adolescente fingiu que estava morto para escapar ao ataque de Nairobi

kokas

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Set 27, 2006
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Com 18 anos, Zachary Yach, um sul-africano a viver no Quénia, escapou ao ataque terrorista a um centro comercial de Nairobi fingindo que estava morto.
"Da primeira vez que vimos os terroristas a sair, disse para a minha mãe: "É um pensamento assustador, mas finge que estás morta"." As palavras são de Zachary Yach que relatou, na primeira pessoa, o ataque ao centro comercial de Westgate, em Nairobi.
De regresso de uma consulta no médico, Zachary estava a almoçar na companhia da mãe e da irmã. "Tínhamos acabado de pedir os nossos hambúrgueres e eu estava a olhar para uma mulher a quem estavam a ser atiradas pedras", conta à BBC.
"Depois, uma explosão enorme fez com que perdêssemos o equilíbrio e caíssemos", diz ao canal britânico, acrescentando que se mantiveram durante cerca de duas horas e meia escondidos debaixo de uma mesa.
Durante esse período, ouviram-se "muitas granadas a ser atiradas e muitos disparos". Numa tentativa de perceber o que estava a acontecer, o jovem espreitou por detrás do esconderijo improvisado. "Vi um dos empregados. Ele estava bem, mas sangrava da cabeça. Além disso, noutro canto do restaurante, havia vários mortos", refere. "Estava a rezar para que um deles se mexesse para perceber que estavam vivos", continua Zachary.
Com o braço ferido, uma das vítimas conseguiu agarrar numa faca e cortar parte da camisa de forma a estancar a hemorragia. "Apontei e perguntei "está tudo bem?" num gesto com os polegares para cima", relata o adolescente.
"Consegui agarrar o telemóvel da minha mãe e enviar uma mensagem ao meu pai a contar o que se estava a passar. Mas ele não percebeu, disse "apenas sai, levanta-te e sai"", conta. Numa breve conversa, o jovem foi capaz de explicar que o melhor a fazer seria manter-se escondido.
Quando a Polícia chegou "não usavam uniformes e tinham armas", o que não os permitiu que fossem identificados. "Primeiro pensei que fossem terroristas, mas depois começaram a verificar o pulso dos corpos que estavam no chão. Depois de verificarem, fizeram o sinal da cruz aos mortos".
"Foi nessa altura que percebi que eles estavam lá para nos ajudar e, por isso, levantei a mão e disse "venham cá, precisamos de ajuda". Foi, então, que eles abriram um pequeno portal e disseram-nos para rastejar até eles", conta.



jn
 
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