kokas
GF Ouro
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Arroz de pato e lombo de porco para 550 pessoas e dois discursos, o de Luís Fazenda e o de João Semedo. E a garantia de que o BE "não está aqui para dar um arzinho da sua graça mas para garantir que o Governo perde por muito".
Não é só Passos que tem percalços no discurso. Também o ponderado João Semedo pode tropeçar nas palavras e, referindo o slogan do cabeça de lista na Invicta, José Soeiro ("Virar o Porto ao contrário"), assumir, na sua última intervenção na campanha, no jantar-comício na cantina velha da cidade universitária lisboeta, que "é preciso que o voto ajude a esquerda virar o País de pernas para o ar".
E que esquerda é essa que Semedo ergue nos braços? "A esquerda que não desiste da unidade, da união, da convergência da esquerda." Ao contrário da esquerda de quem "prefere andar sozinho", e da de "quem quer andar mal acompanhado." Para quem não tenha percebido, precisa: "O nosso voto não vai perder-se nos meandros do sectarismo, mas também não vai alimentar consensos com a direita; não vai contar para qualquer Governo de salvação nacional." Como sempre, fica por explicar com quem quer o Bloco convergir, se este é o retrato que faz do PCP e do PS.
É, afinal, a esquerda com quem quer convergir na declaração de vitória de dia 29: "É a primeira vez que o Governo vai a votos e vai ser a última. Porque vão perder as eleições. O Governo já sabe que perdeu as eleições. Só lhes interessa agora perder por pouco. Mas nós cá estamos para garantir que não é por pouco, é por muito."
Fôlego ainda na voz rouca do coordenador nacional para certificar: "Nós não trocamos as nossas convicções por um lugar na vereação. E não escondemos ao que vimos. Queremos voltar a ganhar Salvaterra de Magos, queremos que Luís Fazenda seja eleito em Sintra." E Semedo em Lisboa, e Soeiro no Porto, naturalmente.
O comício termina como os outros todos da campanha: com Sérgio Godinho e "esperar tantos anos torna tudo mais urgente / e a sede de uma espera só se estanca na torrente". Mas no fim, quando a sala está quase vazia e o palco já está a ser desmontado, um dos comensais canta o Avante. Há canções que ficam no sangue.
dn
Não é só Passos que tem percalços no discurso. Também o ponderado João Semedo pode tropeçar nas palavras e, referindo o slogan do cabeça de lista na Invicta, José Soeiro ("Virar o Porto ao contrário"), assumir, na sua última intervenção na campanha, no jantar-comício na cantina velha da cidade universitária lisboeta, que "é preciso que o voto ajude a esquerda virar o País de pernas para o ar".
E que esquerda é essa que Semedo ergue nos braços? "A esquerda que não desiste da unidade, da união, da convergência da esquerda." Ao contrário da esquerda de quem "prefere andar sozinho", e da de "quem quer andar mal acompanhado." Para quem não tenha percebido, precisa: "O nosso voto não vai perder-se nos meandros do sectarismo, mas também não vai alimentar consensos com a direita; não vai contar para qualquer Governo de salvação nacional." Como sempre, fica por explicar com quem quer o Bloco convergir, se este é o retrato que faz do PCP e do PS.
É, afinal, a esquerda com quem quer convergir na declaração de vitória de dia 29: "É a primeira vez que o Governo vai a votos e vai ser a última. Porque vão perder as eleições. O Governo já sabe que perdeu as eleições. Só lhes interessa agora perder por pouco. Mas nós cá estamos para garantir que não é por pouco, é por muito."
Fôlego ainda na voz rouca do coordenador nacional para certificar: "Nós não trocamos as nossas convicções por um lugar na vereação. E não escondemos ao que vimos. Queremos voltar a ganhar Salvaterra de Magos, queremos que Luís Fazenda seja eleito em Sintra." E Semedo em Lisboa, e Soeiro no Porto, naturalmente.
O comício termina como os outros todos da campanha: com Sérgio Godinho e "esperar tantos anos torna tudo mais urgente / e a sede de uma espera só se estanca na torrente". Mas no fim, quando a sala está quase vazia e o palco já está a ser desmontado, um dos comensais canta o Avante. Há canções que ficam no sangue.
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