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FBI apreende maior site de venda de drogas

kokas

GF Ouro
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Set 27, 2006
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Até há bem pouco tempo, qualquer pessoa poderia aceder à Silk Road e encomendar todo o tipo de drogas, desde cogumelos ilegais a LSD. Isto tudo acabou depois de o FBI interromper as operações deste site da Deep Web que movimentou milhões de euros. O seu responsável é também acusado de mandar matar duas pessoas.
A Silk Road era o site mais popular para quem procurava alterar o seu estado de espírito graças a substâncias ilegais. E “era” porque o FBI apreendeu o domínio e mandou abaixo o site onde era possível comprar e vender drogas ilícitas para qualquer parte do mundo.
Devido à natureza ilícita, o Silk Road estava alojado na Deep Web, e por isso apenas possível de aceder com softwares de anonimato como o TOR. O problema é que este anonimato não é real. Até porque o FBI revelou no último mês ter criado inúmeros sites na Deep Web, alojados em domínios .onion para monitorizar e vigiar cibernautas que participem em atividades suspeitas e ilegais, desde a “leve” compra e consumo de drogas, às mais pesadas troca de pornografia infantil e até contratos de assassinatos.
O processo iniciado pelas autoridades norte-americanas revelam Ross William Ulbricht, também conhecido pelos pseudónimos “Dread Pirate Roberts”, “DPR” e “Silk Road”, como o cabecilha de toda a operação. O FBI aponta este homem como o responsável pelo site e a principal acusação que tem sobre si é a de conspiração para tráfico de narcóticos. É também acusado de outros dois crimes: conspiração de pirataria informática e conspiração para branqueamento de capitais.
O FBI suspeita que as atividades deste site tenham gerado cerca de 1,2 mil milhões de dólares (cerca de 900 milhões de euros), e ainda mais 80 milhões de dólares (60 milhões de euros) em comissões para os vendedores virtuais. Sendo que todas as transações feitas na Deep Web são através de bitcoins (dinheiro virtual que pode ser gerado, trocado ou comprado com dinheiro ‘real’).

E se, por acaso, já conhecia este site e pensa que até agora era um sítio perfeitamente seguro para adquirir drogas, ou que é muito fácil enganar um comprador entregando material estragado a quem pagou pela encomenda, está bastante enganado.

Nos Estados Unidos a polícia tem vindo a realizar, desde 2011, várias operações de compra de estupefacientes – como ecstasy, LSD, cocaína ou heroína – a diferentes vendedores no Silk Road. E constataram que a qualidade dos produtos comercializados era ‘boa’.

Isto também significa 'más notícias' para os 'dealers' que tinham o dinheiro das suas vendas guardados nos cofres virtuais do site. Com o domínio apreendido, o FBI tem total acesso a toda a informação depositada, incluindo esse dinheiro.

Ross Ulbricht, o suspeito de 29 anos, foi entretanto preso e poderá vir a ser acusado de ainda mais crimes. E muito mais sérios.
A presença online deste “empreendedor e consultor de investimentos”, forma como este homem se apresenta no seu perfil de LinkedIn, revela ainda que terá pago para o assassinato de duas pessoas, dois seus antigos companheiros da Silk Road, também através de outros sites da Deep Web.
O primeiro caso, também presente na ação judicial apresentada pelo FBI, terá ocorrido no estado de Maryland. Ulbricht é suspeito de pagar 27 mil dólares em bitcoins (cerca de 20 mil euros) através de um negócio de venda de cocaína, para que um mercenário torturasse um dos seus funcionários que ele pensava estar a roubar os bitcoins de os utilizadores do site até que este devolvesse tudo o que tirou.

A ordem eventualmente passou de “torturar” para “matar”, visto que esse seu funcionário já tinha estado preso e poderia facilmente denunciar as suas atividades.

O segundo caso apresentado pelo FBI refere-se a um dealer que o ameaçou revelar as identidades de todas as pessoas envolvidas naquele negócio.

Nesta situação, Ulbricht terá feito o pagamento de 150 mil dólares (110 mil euros), para que outro mercenário levasse a cabo a morte deste homem, mas tudo não passava de uma operação da polícia que, já na altura estava no encalce de Ulbricht.



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