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Monti adverte para risco de convulsão social na UE

kokas

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Set 27, 2006
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O ex-primeiro-ministro italiano Mario Monti advertiu hoje que apesar dos progressos registados na gestão da crise europeia, continua a existir "o risco de convulsões sociais" que podem levar a conflitos "inimagináveis nesta união pacífica".

Monti, que foi também ministro da Economia e das Finanças e comissário europeu durante nove anos, defendeu numa conferência em Lisboa que a revitalização da União Europeia, após a crise, exige, entre outros, uma melhor comunicação entre o sul e o norte para evitar uma desagregação da própria Europa.



Para o explicar, citou um artigo de 1997 do economista norte-americano Martin Feldstein, "um daqueles distintos académicos norte-americanos que acreditava que o euro nunca poderia existir", que afirmava que se o euro viesse a existir, "apesar de estar destinado a ser o ponto mais alto da integração europeia", podia ter como consequência "virar os povos da Europa uns contra os outros num conflito internacional".
"Na altura pensei 'temos de ser compreensivos com estes brilhantes economistas norte-americanos, que não têm a mais vaga ideia de como as coisas são na Europa'. Mas quando vimos as pessoas a marchar nas ruas de Atenas, com símbolos e palavras que tínhamos esquecido há muitas décadas, e quando vimos as capas de algumas revistas alemãs e de outros países nórdicos, lembrei-me daquele artigo", acrescentou.
"Não é um conflito, não é guerra, mas foi o mais próximo de um conflito que podíamos imaginar numa união pacífica como a nossa", disse.
Na origem destes fenómenos, considerou, estão flagelos como a pobreza e o desemprego, mas também a incompreensão de alguns países do norte em relação à realidade dos países do sul. Esta tornou-se evidente quando, como primeiro-ministro (2011-2012), no auge da crise, teve de "explicar o óbvio", que a Itália não precisava de um resgate, que a banca italiana não estava exposta e que o tecido produtivo estava a funcionar.



dn
 
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